Resumen Lo que se denomina "construcciones existenciales" es común a varias lenguas del mundo, aunque tenga formas y funciones muy diversificadas. En estas lenguas se encuentra un tipo específico de marcador que indica la inexistencia de un elemento. Este fenómeno, denominado "negación existencial", difiere de la negación de predicado, en que una marca simple de negación torna la frase negativa. Este trabajo analiza la negación existencial en 21 lenguas indígenas de Brasil, para verificar i) la relación entre la forma de expresión de la negación existencial (léxica o gramatical) y la forma de la marca de la existencia positiva; ii) la superposición entre existencia, localización y posesión. Entre otros resultados, se demostró que, aunque no es obligatorio un paralelismo formal entre existencia y no existencia, el estatuto gramatical de la forma de expresión de la negación existencial siempre presupone el estatuto gramatical de la construcción existencial.
Abstract The so-called “existential constructions” are common to several languages around the world, although they can have quite different forms and functions. Among those languages, a specific type of marker that affirms the non-existence of an element is verified. This phenomenon, called “existential negation”, differs from a case of predicate negation, in which a simple negation turns the sentence into a negative one. The present work analyzes existential negation in 21 native languages of Brazil, verifying i) the relationship between the existential negation form of expression (lexical or grammatical) and the form of positive existence marker; ii) the overlap between existence, location and possession. Among other results, it was possible to show that, although formal parallelism between existence and non-existence is not mandatory, the grammatical status of the expression of existential negation form always presupposes the grammatical status of the existential construction.
Resumo As chamadas “construções existenciais” são comuns a várias línguas do mundo, ainda que possam ter formas e funções bastante diversificadas. Entre essas línguas, verifica-se a presença de um tipo específico de marcador, que afirma a não existência de um elemento. Esse fenômeno, chamado de “negação existencial”, difere de um caso de negação de predicado, em que uma marca simples de negação torna a sentença negativa. O presente trabalho analisa a negação existencial em 21 línguas nativas do Brasil, verificando i) a relação entre a forma de expressão da negação existencial (lexical ou gramatical) e a forma da marca da existência positiva; ii) a sobreposição entre existência, localização e posse. Entre outros resultados, foi possível mostrar que, ainda que um paralelismo formal entre existência e inexistência não seja obrigatório, o estatuto gramatical da forma de expressão da negação existencial sempre pressupõe o estatuto gramatical da construção existencial.