O objetivo deste estudo foi comparar a atividade eletromiográfica (EMG) dos músculos reto femoral, bíceps femoral, tibial anterior e sóleo no agachamento, associando a posição de tronco ereto com 2 ângulos de flexão do joelho (40° e 60°) e a posição de tronco fletido a 45° com 3 ângulos de flexão do joelho (40°, 60° e 90°). Todas as combinações foram realizadas com e sem acréscimo de carga (10kg). A amostra foi composta por 12 indivíduos saudáveis com idade de 21,1 ± 2,5 anos e massa corporal de 62,8 ± 7,4kg. O EMG dos músculos citados foi registrado, isometricamente, em 10 posições de agachamento. Para a análise estatística foi aplicada ANOVA Two-Way de Friedman e o teste Post-Hoc de Newman-Keuls. Os resultados mostraram co-ativação entre os músculos reto femoral e bíceps femoral nas posições de tronco fletido e joelho em flexão de 40º e, entre os músculos reto femoral e sóleo, nas demais posições (p < 0,05). Houve co-ativação entre o tibial anterior e bíceps femoral com o joelho a 40º, com o tronco ereto e fletido e, entre o tibial anterior e sóleo, nas demais posições (p < 0,05). Quanto à ativação muscular isolada, a maior flexão do joelho no agachamento foi um fator determinante para maior ativação dos músculos, exceto para o sóleo. A posição do tronco e a carga adicional de 10kg influenciaram a ativação muscular do reto femoral, a 60° de flexão de joelho, na qual o tronco ereto proporcionou maior ativação. E para o bíceps femoral, a 40° de flexão de joelho, na qual o tronco flexionado proporcionou maior ativação. A co-ativação entre o reto femoral e o bíceps femoral na posição de tronco fletido, e entre o reto femoral e o sóleo nas demais posições, apontam para novas possibilidades de exercícios na reabilitação.
The aim of this study was to compare the electromyographic (EMG) activity of the femoris rectus, femoris biceps, tibialis anterior and soleus muscles in squatting, associating the trunk in erect position with two angles of knee flexion (40° and 60°) and the trunk at 45° flexion with three angles of knee flexion (40°, 60° and 90°). All associations were performed with and without additional load (10 kg). The sample was composed of 12 healthy individuals with mean age of 21.1 ± 2.5 years and weight of 62.8 ± 7.4 kg. The EMG of the cited muscles was isometrically registered in 10 squatting positions. For statistical analysis, Friedman Two-Way ANOVA and the Newman-Keuls Post-Hoc test were used. The results showed co-activation between the femoris rectus and femoris biceps muscles with the trunk in flexion and at 40° of knee flexion and between the femoris rectus and soleus muscles in the other positions considered (p < 0.05). It was also possible to observe co-activation between tibialis anterior and femoris biceps muscles with knee at 40° and 60° of flexion, with the trunk erect and in flexion and between the tibialis anterior and soleus muscles in the other positions (p < 0.05). Concerning isolated muscular activation, higher knee flexion in squatting was an important factor to greater muscles activation, except for the soleus. Trunk position and the additional load of 10 kg have influenced in the muscular activation of the femoris rectus at 60° of knee flexion, in which the erect trunk provided more activation. The femoris biceps presented greater activation when the knee was in 40° of flexion and the trunk flexioned. The co-activation between the femoris rectus and biceps with the trunk in flexion, and between the femoris rectus and soleus in the other positions, lead to new possibilities of exercises in rehabilitation.