No hay duda de que el hombre ha provocado cantidad de extinciones, sobre todo en el medio terrestre. En el mar, en cambio, comprobar más allá de la duda razonable que el último representante de una especie ha desaparecido de la faz de la tierra es una tarea más difícil. En el presente trabajo se muestran los resultados más importantes de una rigurosa revisión de las extinciones marinas documentadas durante los últimos 200 años. Se encontró que ~50% de las extinciones y extirpaciones de especies marinas resultan dudosas porque no se considera información crítica acerca de su distribución espacio-temporal, o bien la evidencia que se utiliza para evaluarlas es insuficiente o inadecuada. Se concluye que 1) el hombre es capaz de eliminar especies marinas, en particular aquellas que naturalmente son más propensas a la extinción; 2) las extinciones registradas en el mar son menos frecuentes que las del medio terrestre, y a pesar de que existe una tendencia positiva en el número promedio de extinciones documentadas durante los siglos XIX y XX, la tendencia de las extinciones registradas es negativa en los últimos 100 años; 3) antes de declarar una especie como extinta, la evidencia que apoya tal declaración debe ser evaluada con todo el rigor científico; y 4) declarar de manera prematura la extinción de especies, pudiera afectar negativamente los propios esfuerzos que se inviertan para la conservación.
It is a fact that humans have caused several extinctions, particularly in the terrestrial realm. In the marine realm, however, assessing the complete disappearance of a species from the face of the earth beyond any reasonable doubt, is a formidable task. In this contribution, the main results of an extensive review on the marine extinctions documented during the last 200 years are presented. It seems that ~50% of the recent documented marine extinctions may be over-estimated because there is no explicit consideration of critical uncertainties such as species’ spatial distribution, or the evidence used to support some cases is misinterpreted or unconvincing. It is concluded that 1) humans are fully capable of eliminating marine species, particularly those that are naturally extinction-prone; 2) marine extinctions are less frequent than those in the terrestrial realm, and despite that the average number of documented extinctions per year shows a positive trend since the XIX century, the trend during the last 100 years is negative; 3) before declaring an extinction, all available supporting evidence must be scientifically evaluated; and 4) when declarations of extinctions are premature or improperly supported by all available scientific evidence, they can negatively affect the very efforts dedicated to species conservation.
Não há duvida de que o homem tem provocado quantidade de extinções, sobretudo no meio terrestre. No mar, ao contrário, comprovar além da dúvida razoável que o último representante de uma espécie tem desaparecido da face da terra é uma tarefa mais difícil. No presente trabalho se mostra os resultados mais importantes de uma rigorosa revisão das extinções marinhas documentadas durante os últimos 200 anos. Encontrou-se que ~50% das extinções e extirpações de espécies marinhas resultam duvidosas porque não se considera informação crítica sobre a sua distribuição espaço-temporal, ou bem a evidência que se utiliza para avaliá-las é insuficiente ou inadequada. Conclui-se que 1) o homem é capaz de eliminar espécies marinhas, em particular aquelas que naturalmente são mais propensas à extinção; 2) as extinções registradas no mar são menos freqüentes que as do meio terrestre, e apesar de que existe uma tendência positiva no número médio de extinções documentadas durante os séculos XIX e XX, a tendência das extinções registradas é negativa nos últimos 100 anos; 3) antes de declarar uma espécie como extinta, a evidência que apóia tal declaração deve ser avaliada com todo o rigor científico; e 4) declarar de maneira prematura a extinção de espécies, pudera afetar negativamente os próprios esforços investidos na conservação.