RESUMEN: Diversos estudios muestran un creciente uso del Internet y las redes por parte de grandes empresas para divulgar información social y medioambiental, ampliando la rendición de cuentas y la transparencia. No obstante, aún no existe claridad sobre los pros y contras de dicho proceso. Este trabajo plantea la necesidad de una reinterpretación crítica de la transparencia y la rendición de cuentas sociales y medioambientales a través de las redes sociales. Para ello, retoma algunos argumentos de la perspectiva dialógica de la rendición de cuentas, así como planteamientos del filósofo coreano Byung-Chul Han. Se estudia el caso de la compañía minera Vale, caracterizando la forma en que las corporaciones utilizan las redes sociales argumentando mayor transparencia y rendición de cuentas sociales y medioambientales frente a graves catástrofes socioambientales. Sin embargo, el caso muestra que tal divulgación no visibiliza los conflictos intrínsecos de esta actividad, ni incorpora las visiones, expectativas y reclamos de los afectados.
RÉSUMÉ: Diverses études montrent l'emploi croissant de l'Internet et des réseaux par les grandes entreprises pour diffuser des informations sociales et environnementales, en augmentant ainsi leur responsabilité et transparence. Cependant, il n'y a toujours pas de clarté sur les avantages et les inconvénients de ce processus. Ce travail soulève la nécessité d'une réinterprétation critique de la transparence et de la responsabilité sociale et environnementale à travers les médias sociaux. Pour ce faire, il reprend quelques arguments du point de vue dialogique de l'imputabilité, ainsi que des approches du philosophe coréen Byung-Chul Han. On étudie le cas de la société minière Vale, en caractérisant la manière dont les entreprises utilisent les réseaux sociaux en argumentant plus de transparence et responsabilité sociale et environnementale face aux graves catastrophes socio-environnementales. Cependant, le cas montre qu'une telle divulgation ne rend pas visibles les conflits intrinsèques de cette activité, ni n'intègre les visions, les attentes et les revendications des personnes concernées.
ABSTRACT: Several studies show the growing use of the Internet and social media by large companies in order to disclose social and environmental information, thus increasing accountability and transparency. However, the pros and cons of these processes remain unclear. Therefore, this work poses the need for a critical reinterpretation of transparency and social and environmental accountability through social media. To do this, we will adopt some arguments provided by the dialogic perspective of accountability, as well as certain concepts from the Korean philosopher Byung-Chul Han. Particularly, we will study the case of Vale mining company, characterizing the way in which corporations use social media claiming more transparency and social and environmental accountability in the face of serious socio-environmental catastrophes. Despite this, the case studied shows that such type of disclosure does not make visible the intrinsic conflicts within the productive activities of the company, nor does it incorporate the visions, expectations and claims of its stakeholders.
RESUMO: Diversos estudos mostram um crescente uso da internet e das redes por parte de grandes empresas para divulgar informações sociais e meio ambientais, ampliando a prestação de contas e a transparência. Contudo, ainda não há clareza sobre os prós e os contras desse processo. Este trabalho apresenta a necessidade de uma reinterpretação crítica da transparência e da prestação de contas sociais e meio ambientais por meio das redes sociais. Para isso, retoma alguns argumentos da perspectiva dia-lógica da prestação de contas, bem como proposições do filósofo coreano Byung-Chul Han. É estudado o caso da companhia de mineração Vale, caracterizando a forma em que as corporações utilizam as redes sociais argumentando maior transparência e prestação de contas sociais e meio ambientais diante de graves catástrofes socioambientais. No entanto, o caso mostra que essa divulgação não visibiliza os conflitos intrínsecos dessa atividade nem incorpora as visões, as expectativas e as reivindicações dos afetados.