Abstract Objective To analyse the effects of warm shower, perineal exercises with a Swiss ball or both during the labour in maternal and perinatal parameters. Methods Randomised controlled trial with 101 low-risk birthing women admitted in two public midwife-led birth centres, between June, 2013 and February, 2014, with minimal age 18 years, full-term gestation, single live foetus in cephalic presentation, cervical dilation 3-8 cm, pain score ≥5, without clinical or obstetric pathologies or mental illness, non-users of psychoactive drugs or synthetic or natural corticosteroids and who had not used tobacco, caffeine and analgesics in the previous two, four and six hours before inclusion in the study, respectively. The non-pharmacological interventions were for 30 minutes performed. Maternal and perinatal parameters were assessed before and 30 minutes after the interventions, including: maternal blood pressure, heart rate, respiratory rate, uterine contractions, cervical dilation, foetal heart rate, baseline, variability, accelerations and decelerations using cardiotocography and Apgar score (at the 1stand 5thminutes after birth); The participants were randomly assigned in group A warm shower (33), B Swiss ball (35) and C combined interventions (33). Results Concerning maternal parameters, systolic blood pressure was kept above 100 mmHg, with a little increase in the group B. Diastolic blood pressure decreased in all the groups, however was maintained above 70 mmHg. The heart rate decreased in the group B and C and was above 80 bpm. The respiratory rate was above 20 rpm in all groups after the interventions, while the cervical dilation before the interventions were in average 5.0 cm and increased 1.3 cm after the interventions in all groups. Concerning the foetal parameters, foetal heart rate was normal in more than 90% in all groups at both evaluation times, transient acceleration was present in more than 80% in all groups at both evaluation times and no decelerations were found before the intervention in approximately 58.4% of the cases. Decelerations were observed in 52.5% of the cases, mainly in the groups A and B. Variability was normal in more than 80% of the cases, and the Apgar score ˂7 at the first minute after birth was observed in 14 cases only. No significant differences were found in maternal blood pressure, pulse rate, foetal heart rate including the occurrence of transient accelerations, variability or decelerations and Apgar at the inter and intragroup analysis or by evaluation time. By comparing maternal parameters before and 30 minutes after the interventions, increased maternal respiratory rate (p=0.037) and cervical dilation (p<0.001) were found for the all intervention groups. At the intergroup analysis, group A (p=0.041) and group C (p=0.021) stimulated labour progression regarding the uterine contractions increased in comparison to the group B. Conclusion The interventions alone or in combination are a safe way for childbirth assistance as they do not result in negative effects on maternal and perinatal parameters.
resumen está disponible en el texto completo
Resumo Objetivo Analisar os efeitos do banho quente, de exercícios perineais com bola suíça ou de ambos durante o trabalho de parto em parâmetros maternos e perinatais. Métodos Ensaio clínico randomizado controlado incluindo 101 gestantes de baixo risco admitidas em dois centros obstétricos entre junho de 2013 e fevereiro de 2014 com idade mínima de 18 anos, gestação a termo, feto único em apresentação cefálica, dilatação cervical entre 3 e 8 cm, escala de dor ≥5, sem patologias clínicas ou obstétricas ou doença mental, não usuárias de drogas psicoativas ou de corticosteroides naturais ou sintéticos, e que não fizeram uso de produtos de tabaco, cafeína e analgésicos duas, quatro e seis horas antes de serem incluídas no estudo. Os arâmetros maternos e perinatais foram avaliados antes e 30 minutos após as intervenções, incluindo: pressão arterial materna, frequência cardíaca e respiratória, contratilidade uterina, dilatação cervical, frequência cardíaca fetal, linha de base, variabilidade, acelerações e desacelerações usando cardiotocografia e escala de Apgar (no 1º e 5º minutos após o nascimento). Os participantes foram alocados aleatoriamente em três grupos: A) banho quente (33); B) bola suíça (35); e C) intervenções combinadas (33). Resultados Em relação aos parâmetros maternos, a pressão arterial sistólica foi mantida abaixo de 100 mmHg, com um pequeno aumento no grupo B. A pressão arterial diastólica diminuiu em todos os grupos, mantendo-se, contudo, acima de 70 mmHg. A frequência cardíaca apresentou diminuição nos grupos B e C e esteva acima de 80 bpm. A frequência respiratória ficou acima de 20 rpm em todos os grupos após as intervenções, enquanto a dilatação cervical foi de 5,0 cm em média antes das intervenções com aumento de 1,3 cm após as intervenções em todos os grupos. Em relação aos parâmetros fetais, 90% dos fetos em todos os grupos apresentaram frequência cardíaca normal nos dois períodos avaliados, acelerações transitórias estiveram presentes em mais de 80% dos fetos em todos os grupos em ambos os períodos analisados. Não foi constatada desaceleração antes da intervenção em aproximadamente 58,4% dos casos. Observou-se desacelerações em 52,5% dos casos, principalmente nos grupos A e B. A variabilidade foi normal em mais de 80% dos casos, e um valor <7 na escala de Apgar no primeiro minuto após o nascimento só foi observado em 14 casos. Não foram encontradas diferenças significativas na pressão arterial e frequência cardíaca materna e fetal, incluindo a ocorrência de acelerações transitórias, variabilidade ou desacelerações e valores na escala de Apgar tanto na análise inter e intragrupo quanto nos períodos avaliados. Ao comparar os parâmetros maternos antes e 30 minutos após as intervenções, observou-se aumento na frequência respiratória (p=0,037) e na dilatação cervical (p<0,001) em todos os grupos de intervenção. Na análise intergrupo, a progressão do trabalho de parto estimulada dos grupos A (p=0,041) e C (p=0,021) em relação às contrações uterinas aumentou em comparação com o grupo B. Conclusão As intervenções isoladas ou combinadas são uma forma segura de assistência ao parto uma vez que elas não afetam negativamente os parâmetros maternos e perinatais.