OBJETIVO: Avaliar o comportamento das velocidades de movimentação diastólica do segmento VE septal posterior basal justa-anular, obtidos pelo Doppler tissular em relação às velocidades do fluxo transmitral de hipertensos, submetidos à sobrecarga de pré-carga por elevação dos membros inferiores por 5 minutos, e durante 1 minuto de handgrip (condições 1 e 2, respectivamente). MÉTODOS: Vinte e cinco pacientes ambulatoriais (15 homens, 52±11 anos), com hipertensão arterial sistêmica >3 anos, com as seguintes variáveis do Doppler transmitral: E, A e E/A, e do Doppler tissular: E’, A’ e E’/A’, obtidas na situação basal e nas condições 1 e 2. A comparação dos resultados (basal vs. condições 1 e 2) foi realizada por teste t pareado. RESULTADOS: E(cm/s) variou de 68,88 ± 11,94 para 75,82 ± 15,71* enquanto E’(cm/s) variou de 8,22 ± 2,30 para 8,31 ± 2,24 na condição 1 (p<0,05). Adicionalmente, a comparação dos percentuais (%) de variação dos índices de Doppler mitral com os % de seus correspondentes medidos por Doppler tissular revelou diferença significativa entre E e E’, com incremento da pré-carga (p=0,01). CONCLUSÃO: Em pacientes com VE adaptado à hipertensão arterial sistêmica, o índice E’ modificou-se menos do que o índice E após manobra de elevação de pré-carga, o que deve orientar no sentido de sua maior utilização na avaliação da função diastólica por ecocardiografia.
OBJECTIVE: To evaluate the behavior of LV diastolic displacement velocities of basal posterior septum near mitral ring segment obtained by tissue Doppler in relation to mitral flow velocities of hypertensive subjects, submitted to preload increase by left inferior limbs elevation for 5 minutes, and during 1 minute of handgrip (conditions 1 and 2, respectively). METHODS: Twenty five outpatients (15 men, 52±11 years), with arterial hypertension > 3 years, by the transmitral flow Doppler variables: E, A and E/A, and of tissue Doppler: E’, A’ and E’/A’, in basal situation and in conditions 1 and 2. For comparison of results in basal situation with conditions 1 and 2 a paired t test was applied. RESULTS: E(cm/s) varied from 68,88 ± 11,94 to 75,82 ± 15,71* and E’(cm/s) varied from 8,22 ± 2,30 to 8,31 ± 2,24 in condition 1 (p<0.05). In addition, a comparison of variation percent (%) of Doppler transmitral indices with corresponding tissue Doppler indices variation % showed a significant difference between E and E’, with preload increase (p=0.01). CONCLUSION: Patients with left ventricular adaptation to systemic arterial hypertension showed less modification of the index E' than E, after preload increase maneuver, an evidence that may suggest its more ample utilization in the context of echocardiographic left ventricular diastolic function evaluation