Resumo Este trabalho é uma proposta inicial sobre o tema do presente na discussão da tradição, a partir da reflexão sobre a poesia de cordel, olhando para o trabalho do Maestro Rafael Brito, poeta de Fortaleza-CE. Rafael é jovem, escreve diversos tipos de poesia, e é mais conhecido por sua produção de cordel, à qual ele se refere de modos “tradicionais”, performando-a com a utilização de recursos midiáticos do presente. Discutimos a ideia de tradição, tradições e tradicionalidade a partir das propostas sobre narrativa de Ricoeur (2010) e analisamos o trabalho de Rafael través de entrevistas e do conteúdo de seu blog na Internet. Observamos que o Maestro é visto como uma promessa de futuro deste cordel “tradicional”, ainda que traga inovações para a historiografia da poesia. Mesmo assim, permanece distante das transformações e de embates políticos que desestabilizariam as narrativas oficiais que reivindicam tradições imutáveis.
Abstract This paper is an initial propose about the present in the discussion of tradition, from the reflection on the poetry of cordel in Maestro Rafael Brito, poet from Fortaleza-CE. Rafael is young, writes many kinds of poetry, but is best known for his cordéis, which he refers to in traditional ways, though he performs it using the media resources of the present. We discuss the idea of tradition, traditions and traditionality from Ricoeur’s (2010) narrative proposals and analyze Rafael’s work through interviews and the content of his blog on the Internet. We observe that the Maestro is seen as a promise of the future of this “traditional” cordel, although it brings innovations of the poetry historiography. But it is still far from the transformations and political clashes that would destabilize official narratives claiming unchanging traditions.
Resumen Este articulo es una propuesta inicial sobre el tema del presente en la discusión de la tradición, a partir de la reflexión sobre la poesía de cordel, mirando la obra del maestro Rafael Brito, poeta de Fortaleza-CE. Rafael es joven, escribe varios tipos de poesía, pero es mejor conocido por su producción de cordéis, a la que se refiere de manera tradicional, aunque lo realiza utilizando los recursos mediáticos del presente. Discutimos la idea de tradición, tradiciones y tradicionalidad de las propuestas narrativas de Ricoeur (2010) y analizamos el trabajo de Rafael a través de entrevistas y el contenido de su blog en Internet. Observamos que el Maestro es visto como una promesa del futuro de este cordel “tradicional”, aunque trae innovaciones de la historiografía poética. Pero aún está lejos de las transformaciones y los enfrentamientos políticos que desestabilizarían las narrativas oficiales que afirman tradiciones inmutables.