Resumen: Las desigualdades sanitarias en Brasil afectan a la salud infantil. El objetivo de este estudio fue evaluar las desigualdades socioeconómicas de los problemas sanitarios de la primera infancia. Este es un estudio prospectivo de una cohorte de nacimientos realizada en la ciudad de Pelotas (Rio Grande do Sul, Brasil) en 2015. Los desenlaces fueron problemas sanitarios de niños de 12 y 24 meses de edad como tos, dificultad para respirar, diarrea, dolor de oído, neumonía, infección del tracto urinario, hospitalización, entre otros problemas. Las desigualdades socioeconómicas se midieron con el índice de desigualdad absoluta (SII, por sus siglas en inglés) y el índice de concentración (CIX, por sus siglas en inglés). El índice de ingresos y nivel educativo de la madre fueron las variables socioeconómicas. Las desigualdades en el número de problemas sanitarios se evaluaron mediante la regresión de Poisson. La muestra perinatal fue conformada por 4.275 niños. A los 12 y 24 meses, aproximadamente el 74% y el 44% de los niños tenían uno o más y dos o más problemas de salud, respectivamente. Durante el período, el número promedio de problemas sanitarios fue de 2,9 (desviación estandar = 2.0). Se observaron frecuencias más altas para los niños pertenecientes al quintil de ingresos más pobres y con el nivel educativo de la madre más bajo, a excepción de uno o más problemas de salud a los 24 meses. La mayor desigualdad absoluta y relativa se observó en dos o más problemas sanitarios a los 12 meses (SII: -0,23, IC95%: -0,29; -0,18 e CIX: -0,19, IC95%: -0,25; -0,14). Con base en los modelos ajustados, se encontró una relación dosis-respuesta opuesta para la acumulación de problemas sanitarios en cuanto al nivel educativo de la madre (1,07, IC95%: 1,04; 1,09) y a los ingresos (1,03, IC95%: 1,01; 1,04). Este estudio confirma las desigualdades por problemas sanitarios de niños brasileños, especialmente en el primer año de vida.
Resumo: O Brasil é marcado por uma agenda inacabada em relação às desigualdades na saúde, impactando os problemas de saúde da infância. O objetivo deste estudo foi avaliar as desigualdades socioeconômicas relacionadas aos problemas de saúde da primeira infância. Este é um estudo prospectivo com base na coorte de nascimentos realizado na cidade de Pelotas (Rio Grande do Sul, Brasil) em 2015. Os desfechos foram problemas de saúde apresentados aos 12 e 24 meses de idade: tosse, dificuldade para respirar, diarreia, dor de ouvido, pneumonia, infecção urinária, hospitalização e outros problemas de saúde. As desigualdades socioeconômicas foram aferidas usando o índice de desigualdade absoluta (SII, acrônimo em inglês) e o índice de concentração (CIX, acrônimo em inglês), considerando o índice de riqueza e escolaridade materna como variáveis socioeconômicas. A regressão de Poisson foi utilizada para avaliar as desigualdades no número de problemas de saúde. Um total de 4.275 crianças foram incluídas na análise. Aos 12 e 24 meses, aproximadamente 74% e 44% apresentaram 1 ou mais e 2 ou mais problemas de saúde, respectivamente. Para todo o período, o número médio de problemas de saúde foi de 2,9 (desvio padrão = 2.0). Maiores frequências foram observadas para crianças no quintil de renda mais baixa e com menor escolaridade materna, exceto para 1 ou mais problemas de saúde aos 24 meses. A maior desigualdade absoluta e relativa foi observada para 2 ou mais problemas de saúde aos 12 meses (SII: -0,23, IC95%: -0,29; -0,18 e CIX: -0,19, IC95%: -0,25; -0,14). Com base nos modelos ajustados, foi encontrada uma relação dose-resposta oposta para o acúmulo de problemas de saúde com base na escolaridade materna (1,07, IC95%: 1,04; 1,09) e nas categorias de riqueza (1,03, IC95%: 1,01; 1,04). Portanto, o estudo confirma as desigualdades relacionadas aos problemas de saúde em crianças brasileiras, especialmente no primeiro ano de vida.
Abstract: Brazil is characterized by an unfinished agenda of health inequalities, which impact health problems in the childhood. This study aimed to evaluate the socioeconomic inequalities of health problems in the early childhood. This is a prospective study, using data from the birth cohort carried out in the city of Pelotas (Rio Grande do Sul State, Brazil) in 2015. The outcomes were health problems presented at 12 and 24 months: cough, breathing difficulty, diarrhea, ear pain, pneumonia, urinary infection, hospitalization, and other health problems. Socioeconomic inequalities were measured applying the slope index of inequality (SII) and the concentration index (CIX), with wealth index and maternal schooling being the socioeconomic variables. The inequalities in the number of health problems were evaluated by Poisson regression. The perinatal sample comprised 4,275 children. At 12 months approximately 74% of the children presented 1 or more health problems, while at 24 months, approximately 44% presented 2 or more health problems. For all period, the mean number of health problems was 2.9 (standard deviation = 2.0). Higher frequencies were observed for children belonging to the poorest income quintile and with lower maternal education, except for 1 or more health problems at 24 months. The greatest absolute and relative inequality was observed for 2 or more health problems at 12 months (SII: -0.23, 95%CI: -0.29; -0.18 and CIX: -0.19, 95%CI: -0.25; -0.14). There is an opposite dose-response relation for the risk of accumulation of health problems according to maternal schooling (1.07, 95%CI: 1.04; 1.09) and wealth categories (1.03, 95%CI: 1.01; 1.04), in the full adjusted models. The study confirms inequalities due to health problems in Brazilian children, especially in the first year of life.