RESUMO Introdução: Os benefícios do treinamento de força (TF) incluem não apenas aumento da força, mas também modificações favoráveis na composição corporal, o que levou ao aumento considerável da indicação dessa modalidade de treinamento em indivíduos com sobrepeso e obesidade e tornou importante a investigação dos desfechos atribuídos a diferentes manipulações das variáveis do TF. No entanto, as respostas metabólicas agudas relacionadas com o gasto calórico (GC) associado à manipulação dos exercícios que, por sua vez, são associados à quantidade de articulações envolvidas no movimento permanecem inconclusivas. Objetivo: Verificar a influência do número de articulações envolvidas no movimento sobre o GC com volume equalizado no TF em diferentes intensidades. Métodos: Esse treinamento foi realizado em dias alternados, com intervalo de 48 horas entre cada sessão com dois protocolos randomizados, a saber, protocolo multiarticular com quatro exercícios comuns para praticantes de TF em comparação com o protocolo monoarticular com quatro exercícios. Cada protocolo foi avaliado em três intensidades (90%, 75% e 60% de 1-RM) do treinamento de acordo com o teste de uma repetição máxima (1-RM). Resultados: Foram observados incrementos significantes no GC na sessão multiarticular em comparação com a sessão monoarticular: 90% 1-RM multiarticular 246,80 ± 26,17 kcal vs. monoarticular 227,40 ± 24,54 kcal (∆ -7,86, IC de 95% 7,33; 31,46; t 3,44; p < 0,05); 75% 1-RM multiarticular 124,13 ± 25,40 kcal vs. monoarticular 111,80 ± 22,78 kcal (∆ -9,93, IC de 95% 3,25; 21,41; t 2,91; p < 0,05); 60% 1-RM multiarticular 70,80 ± 6,28 kcal vs. monoarticular 64,40 ± 6,72 kcal (∆ -9,04, IC de 95% 3,95; 8,84; t 5,60; p < 0,05). Conclusão: Os exercícios multiarticulares podem ser uma variável a considerar quando o equilíbrio do GC é o alvo principal do programa de TF. No entanto, mais estudos são necessários para complementar nossos achados. Nível de evidência II; Estudos diagnósticos – Investigação de um exame para diagnóstico.
ABSTRACT Introduction: The benefits of strength training (ST) include not only strength improvement but also favorable body composition changes, which has led to a considerable increase in the indication of this training method in overweight and obese individuals, and has made the investigation of outcomes attributed to different manipulations of ST variables an important task. However, acute metabolic responses related to energy expenditure (EE) associated with the manipulation of exercises which, in turn, are associated with the number of joints involved in movement, are still inconclusive. Objective: To verify the influence of the number of joints involved in movement on EE with equalized volume in ST at different intensities. Methods: This training program was held on alternate days, with a 48-hour interval between each session, and with two randomized protocols, as follows: multi joint protocol with four common exercises for ST participants compared to the single joint protocol with four exercises. Each protocol was evaluated at three training intensities (90%, 75% and 60% of 1-RM) according to the one-repetition maximum test. Results: Significant increases in EE were observed in the multi joint session as compared to the single joint session: 90% 1-RM multi joint 246.80 ± 26.17 kcal vs single joint 227.40 ± 24.54 kcal (∆ -7.86, 95% CI 7.33; 31.46; t 3.44; p <0.05); 75% 1-RM multi joint 124.13 ± 25.40 kcal vs single joint 111.80 ± 22.78 kcal (∆ -9.93, 95% CI 3.25; 21.41; t 2.91; p <0.05); 60% 1-RM multi joint 70.80 ± 6.28 kcal vs single joint 64.40 ± 6.72 kcal (∆-9.04, 95% CI 3.95; 8.84; t 5.60; p <0.05). Conclusion: Multi joint exercises may be a variable to consider when EE balance is the main target of the ST program. However, further studies are needed to supplement our findings. Level of evidence II; Diagnostic studies-Investigating a diagnostic test.
RESUMEN Introducción: Los beneficios del entrenamiento de fuerza (EF) incluyen no sólo aumento de la fuerza, sino también modificaciones favorables en la composición corporal, lo que llevó al aumento considerable de la indicación de esa modalidad de entrenamiento en individuos con sobrepeso y obesidad y se ha vuelto importante la investigación de las conclusiones atribuidas a diferentes manipulaciones de las variables del EF. Sin embargo, las respuestas metabólicas agudas relacionadas con el gasto calórico (GC) asociado a la manipulación de los ejercicios que, a su vez, son asociados a la cantidad de articulaciones involucradas en el movimiento permanecen no concluyentes. Objetivo: Verificar la influencia del número de articulaciones involucradas en el movimiento sobre el GC con volumen ecualizado en el EF en diferentes intensidades. Métodos: Este entrenamiento fue realizado en días alternados, con intervalo de 48 horas entre cada sesión con dos protocolos aleatorizados, a saber: protocolo multiarticular con cuatro ejercicios comunes para practicantes de EF en comparación con el protocolo monoarticular con cuatro ejercicios. Cada protocolo fue evaluado en tres intensidades (90%, 75% y 60% de 1-RM) del entrenamiento de acuerdo con el test de una repetición máxima (1-RM). Resultados: Se observó un incremento significativo en el GC en la sesión multiarticular en comparación con la sesión monoarticular: 90% 1-RM multiarticular 246,80 ± 26,17 kcal vs. monoarticular 227,40 ± 24,54 kcal (∆ -7,86, IC de 95% 7,33; 31,46; t 3,44; p < 0,05); 75% 1-RM multiarticular 124,13 ± 25,40 kcal vs. monoarticular 111,80 ± 22,78 kcal (∆ -9,93, IC de 95% 3,25; 21,41; t 2,91, p < 0,05); 60% 1-RM multiarticular 70,80 ± 6,28 kcal vs. monoarticular 64,40 ± 6,72 kcal (∆ -9,04, IC de 95% 3,95; 8,84; t 5,60; p < 0,05). Conclusión: Los ejercicios multiarticulares pueden ser una variable a considerar cuando el equilibrio del GC es el objetivo principal del programa de EF. Sin embargo, más estudios son necesarios para complementar nuestros hallazgos. Nivel de evidencia II; Estudios diagnósticos - Investigación de un examen para diagnóstico.