O presente trabalho trata-se de estudo de corte transversal, com objetivo de avaliar a conduta dos profissionais de enfermagem vítimas de acidentes com material biológico, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, no estado de São Paulo, referente ao atendimento e ao seguimento clínico especializado. A população foi composta por 1.215 profissionais de enfermagem, entrevistados entre os anos de 2010 e 2011, dos quais 636 (52,3%) sofreram acidentes com material biológico e 182 (28,6%) não procuraram atendimento no serviço especializado. O motivo mais frequentemente relatado foi atribuir pouco risco ao acidente. Assim, acredita-se que os motivos alegados pelos profissionais para não procurarem o atendimento, para não completarem a terapêutica e nem o seguimento clínico podem contribuir para a proposição de estratégias capazes de aumentar a adesão às medidas profiláticas após exposição ocupacional a material biológico.
This cross-sectional study aimed to evaluate the conduct of nursing professionals who had been victims of accidents with biological material in a teaching hospital in the interior of the state of São Paulo, Brazil, regarding their care and specialized clinical follow-up. The study population consisted of 1,215 nursing professionals, who were interviewed individually between 2010 and 2011. Of the 1,215 nursing professionals interviewed, 636 (52.3%) reported having experienced accidents with biological material; of this population, 182 (28.6%) didn't sought specialized care. The most frequent reason reported for not seeking care was believing that it was a low-risk accident. The reasons professionals do not seek care and do not complete treatment and the clinical follow-up can contribute to strategies to increase professionals' adherence to prophylaxis measures after occupational exposure to biological material.
Estudio de corte transversal, apuntando a evaluar la conducta de profesionales de enfermería víctimas de accidentes con material biológico, del Hospital de Clínicas de la Facultad de Medicina de Ribeirão Preto, Universidad de São Paulo, en el estado de São Paulo; referente a la atención y seguimiento clínico especializado. La población estuvo integrada por 1215 profesionales de enfermería, entrevistados entre 2010 y 2011, de los cuales 636 (52,3%) sufrieron accidentes con material biológico y 182 (28,6%) no solicitaron atención en el servicio especializado. El motivo relatado con mayor frecuencia fue atribuir escaso riesgo al accidente. De tal modo, se cree que los motivos alegados por los profesionales para no solicitar atención, para no completar la terapéutica ni el seguimiento clínico pueden ser facilitar la propuesta de estrategias capaces de aumentar su adhesión a las medidas profilácticas luego de exposición laboral a materiales biológicos.