Resumo Antecedentes: A percepção errônea da verticalidade é relativamente comum em pacientes após Acidente Vascular Cerebral (AVC) e pode ser avaliada pelas: (a) vertical visual subjetiva (SVV), (b) vertical háptica subjetiva (SVH) e (c) vertical postural subjetiva (SPV). Para melhor compreender esses métodos de avaliação, realizamos uma revisão sistemática das características metodológicas de diferentes protocolos para avaliações de SVV, SHV e SVP em indivíduos após AVC. Objetivo: Padronizar as características metodológicas de protocolos de avaliação da verticalidade após AVC. Métodos: Foi realizada busca nas bases de dados PUBMED, Portal Regional da BVS (MEDLINE, LILACS, IBECS, CUBMED, Psychology Index, LIS), CINAHL, SCOPUS, Web of Science, Science Direct, Biblioteca Cochrane e PEDro. Dois revisores avaliaram independentemente o QUADAS (Avaliação da Qualidade dos Estudos de Precisão de Diagnóstico) e extraíram os resultados. Resultados: Foram incluídos 21 estudos: a maioria (80,9%) utilizando a SVV, oito (38,1%) a SPV e quatro (19,0%) a SHV. Observou-se grande variabilidade na avaliação da verticalidade, devido às posições dos pacientes, dispositivos utilizados, número de repetições e ângulo de inclinação para iniciar os testes. Conclusão: Esta revisão sistemática é uma das primeiras a explorar todos os métodos de avaliação da verticalidade após o AVC e fornece informações cruciais sobre como realizar os testes para orientar os futuros pesquisadores e clínicos.
Abstract Background: Verticality misperception is relatively common among patients after stroke, and it may be evaluated in terms of (a) subjective visual vertical (SVV), (b) subjective haptic vertical (SHV) and (c) subjective postural vertical (SPV). To better understand these assessment methods, we conducted a systematic review of the methodological characteristics of different protocols for evaluating SVV, SHV and SPV among individuals after stroke. Objective: To standardize the methodological characteristics of protocols for evaluating verticality perception after stroke. Methods: We searched the following databases: PUBMED, regional BVS portal (MEDLINE, LILACS, IBECS, CUBMED, Psychology Index and LIS), CINAHL, SCOPUS, Web of Science, Science Direct, Cochrane Library and PEDro. Two review authors independently used the QUADAS method (Quality Assessment of Diagnostic Accuracy Studies) and extracted data. Results: We included 21 studies in the review: most (80.9%) used SVV, eight (38.1%) used SPV and four (19.0%) used SHV. We observed high variability in assessments of verticality perception, due to patient positions, devices used, numbers of repetitions and angle of inclination for starting the tests. Conclusion: This systematic review was one of the first to explore all the methods of assessing verticality perception after stroke, and it provides crucial information on how to perform the tests, in order to guide future researchers/clinicians.