Resumo Este ensaio possui como principal objetivo problematizar mudanças ocorridas no trabalho de professoras e professores da rede particular de ensino no contexto de pandemia e sua relação com a saúde. Apresenta novas formas de resistências e organização coletiva, como a greve virtual, do ponto de vista dos próprios docentes que se encontram em atividades de ensino remoto e, também, em exercício de direção sindical. Foi construído de forma compartilhada, entre professore(a)s e pesquisadore(a)s. Fundamenta-se na pedagogia crítica e dialógica freireana, cujos processos valorizam a formação mútua e emancipadora. Dos diálogos empreendidos durante a construção do texto, chegamos a quatro importantes pontos de análise e problematização, a saber: trabalho docente em tempos de isolamento social; mudanças no processo e na organização do trabalho; aspectos geracionais e questões de gênero; saúde docente, resistências e greve virtual. Ao fim, observa-se que o tipo de atividade de ensino, não presencial, por meio de plataformas e outros recursos digitais, se constitui como uma configuração atual do trabalho que se aprofunda no contexto de pandemia e faz uso exacerbado da tecnologia, articulando novos modos de controle, extração de sobretrabalho e do mais-valor social.
Abstract This essay has as main objective to problematize changes occurred in the work of teachers and private school teachers in the context of a pandemic and its relationship with health. It presents new forms of resistance and collective organization, such as the virtual strike, from the point of view of the teachers themselves who are in remote teaching activities and also in the exercise of union leadership. It was built in a shared way, between professors and researchers. It is based on Freire’s critical and dialogical pedagogy, whose processes value mutual and emancipatory formation. From the dialogues undertaken during the construction of the text, we come to four important points of analysis and problematization, namely: teaching work in times of social isolation; changes in the work process and organization; generational aspects and gender issues; teaching health, resistance and virtual strike. In the end, it is observed that the type of teaching activity, not in person, through platforms and other digital resources, constitutes a current configuration of work that deepens in the context of a pandemic and makes exacerbated use of technology, articulating new control modes, extraction of overwork and social added value.
Resumen Este ensayo tiene como principal objetivo problematizar los cambios ocurridos en el trabajo de profesoras y profesores de la red de enseñanza particular en el contexto de la pandemia y su relación con la salud. Presenta nuevas formas de resistencias y organización colectiva, como la huelga virtual, del punto de vista de los propios docentes que se encuentran en actividades de enseñanza remota y, también, en ejercicio de dirección sindical. Fue construido de forma compartida, entre profesores(a)s e investigadores(a)s. Se fundamenta en la pedagogía crítica y dialógica freireana, cuyos procesos valorizan la formación mútua y emancipadora. De los diálogos emprendidos durante la construcción del texto, llegamos a cuatro importantes puntos de análisis y problematización, a saber: trabajo docente en tiempos de aislamiento social; cambios en el proceso y en la organización del trabajo; aspectos generacionales y cuestiones de género; salud docente, resistencias y huelga virtual. Al fin, se observa que el tipo de actividad de enseñanza, no presencial, por medio de plataformas y otros recursos digitales, se constituye como una configuración actual del trabajo que se profundiza en el contexto de la pandemia y hace uso exacerbado de la tecnología, articulando nuevos modos de control, extracción de sobretrabajo y de plusvalía social.