RESUMO O trabalho teve como objetivo avaliar a propagação vegetativa de Hymenaea courbaril (jatobá) e Apuleia leiocarpa (garapa) por meio da técnica de miniestaquia com o uso do regulador de crescimento, ácido indolbutírico (AIB), em diferentes tipos de miniestacas. Foram montados dois experimentos, o primeiro envolvendo as duas espécies, três tipos de miniestacas (basais, intermediárias e apicais), na presença e ausência de AIB (4000 mg kg-1). No segundo experimento, avaliou-se apenas a espécie garapa testando-se os mesmos três tipos de miniestacas em quatro concentrações de AIB: 0, 1000, 2000 e 4000 mg kg-1. As miniestacas foram obtidas a partir de mudas de 6 meses de idade, produzidas em viveiro a partir de sementes. Utilizou-se delineamento em blocos casualizados no esquema fatorial 3 x 2 x 3 (três tipos de miniestacas, dois níveis de AIB e três datas de avaliação) no primeiro experimento, e 3 x 4 x 3 (três tipos de miniestacas, quatro concentrações de AIB e três datas de avaliação) no segundo experimento. Aos 90 dias, o jatobá apresentou sobrevivência média de 54%, com menos de 5% de enraizamento total, sem influência significativa do tipo de miniestaca ou do uso do AIB. Em ambos os experimentos a garapa apresentou maior sobrevivência para as miniestacas basais, que foram as únicas que enraizaram. O AIB não influenciou a sobrevivência e o percentual de enraizamento de miniestacas da garapa, porém influenciou de forma negativa o número, comprimento e massa seca de raiz. Conclui-se para garapa que a miniestaquia, a partir das miniestacas basais se mostrou uma técnica viável, com 40% de enraizamento, porém para jatobá, nas condições do estudo, a propagação por miniestaquia não teve sucesso.
ABSTRACT The objective of this work was to evaluate the vegetative propagation of Hymenaea courbaril (jatobá) and Apuleia leiocarpa (garapa) using the mini-cutting technique with the use of indolebutyric acid (IBA) growth regulator in different types of mini-cuttings. Two experiments were set up: the first involving the two species and three mini-cutting techniques (basal, intermediate and apical) in the presence and absence of IBA (4000 mg kg-1). In the second experiment, only the garapa species was evaluated by testing the same three mini-cutting techniques at four IBA concentrations: 0, 1000, 2000 and 4000 mg kg-1. The mini-cuttings were obtained from 6-month-old seedlings produced from seeds in a nursery. A randomized block design was used in a 3 x 2 x 3 factorial scheme (three mini-cutting techniques, two IBA concentration levels and three evaluation dates) in the first experiment, and a 3 x 4 x 3 factorial scheme (three mini-cutting techniques, four IBA concentrations and three evaluation dates) in the second experiment. At 90 days, jatobá had an average survival of 54%, with less than 5% of total rooting, without significant influence of the mini-cutting technique or IBA use. Garapa presented higher survival for the basal mini-cuttings in both experiments, which were the only ones that took root. IBA did not influence survival or rooting percentage of garapa mini-cuttings, but negatively influenced the root number, length and dry mass. We concluded that the basal mini-cutting is a viable technique for vegetative propagation of garapa, presenting 40% of rooting, but the propagation by mini-cutting for jatobá was not successful under the conditions of this study.