RESUMO Este trabalho busca mostrar os resultados de uma investigação realizada com professores de prática de tradução. Utilizando uma metodologia qualitativo-exploratória e de caráter descritivo, a pesquisa, dividida em duas fases, envolveu 12 cursos de graduação em Tradução. Iniciada em 2012, e utilizando questionários não estruturados, a proposta identificou o perfil acadêmico de professores de prática de tradução e suas rotinas pedagógicas. Em 2017, como forma de dar continuidade à investigação, e levando em consideração que os professores modificam ou estabilizam suas práticas com o passar dos anos (TARDIF, 2002; CHARLOT, 2009), a segunda fase deste estudo adotou uma proposta de investigação qualitativo-longitudinal (FLORES, 2003), com o objetivo de identificar, junto ao mesmo grupo de respondentes, as modificações que eles possam ter incorporado em suas salas de aula após cinco anos. Com base nos dados coletados, confirma-se a hipótese de que os estudos que buscam abdicar da abordagem centrada no professor, ou que são contra a pedagogia subjetiva e intuitiva de ensino (ARROJO, 1993; DARIN, 2001; COLINA, 2003 [2015]; KELLY, 2005; ECHEVERRI, 2008, 2015; KIRALY, 2016) não têm sido totalmente incorporados na sala de aula de formação de tradutores.
ABSTRACT This work seeks to show the results of an investigation carried out with translation trainers of practical courses. Using a qualitative-exploratory methodology, with a descriptive bias, the research, divided into two phases, involved 12 Brazilian Translation programs. Starting in 2012, and using unstructured questionnaires, the proposal identified the academic profile of translation trainers of practical courses and their pedagogical routines. In 2017, as a way of continuing the research, and taking into account that teachers modify or stabilize their practices over the years (TARDIF, 2002; CHARLOT, 2009), the second phase of this study adopted a qualitative-longitudinal methodology (FLORES, 2003), with the objective of identifying, with the same group of respondents, the modifications they may have incorporated in their classrooms after five years. Based on the collected data, it was possible to confirm the hypothesis that studies that seek to abdicate from the teacher-centered approach, or that are against the subjective and intuitive pedagogy (ARROJO, 1993; DARIN, 2001; COLINA, 2003 [2015]; KELLY, 2005; ECHEVERRI, 2008, 2015; KIRALY, 2016) have had no effect in the translator training classroom.