A abordagem da violência íntima (VI) é um desafio na Atenção Primária à Saúde (APS). Estudos trazem discussões na perspectiva de profissionais, sendo que poucos avançam em dar voz às mulheres. O objetivo deste trabalho foi compreender a experiência dessas mulheres no contexto do cuidado ofertado na APS na cidade do Rio de Janeiro, de estado homônimo, Brasil. Utilizou-se metodologia qualitativa, entrevistando mulheres nas Unidades de Saúde da Família, com questionário semiestruturado e análise hermenêutico-dialética. Entrevistas com 21 mulheres mostraram dificuldades de revelação da VI e possibilidades de atuação da APS, identificando a precarização da rede. Sugestões para abordagem: criação de grupos, escuta empática e vínculo. Foram destacados a atuação de profissionais como tutores de resiliência; a necessidade de qualificação da rede; e o reforço do papel de agentes comunitários e dos atributos da APS para o cuidado dessas situações.
The intimate partner violence (IPV) approach is a challenge in Primary Health Care. Studies discuss the professionals’ perspective, but few of them advance as to give women a voice. The objective of this study was to understand these women’s experience with the Primary Health Care provided in the Brazilian city of Rio de Janeiro, state of Rio de Janeiro. A qualitative methodology was used, interviewing women in Family Health units with a semistructured survey and a hermeneutic dialectic analysis. Interviews with 21 women showed difficulties to open up about IPV and possibilities of Primary Health Care intervention, identifying the network’s precariousness. Suggestions for approach: creation of groups, empathetic listening, and bonding. The following were highlighted: the work of professionals, such as resilience tutors; the need for network qualification; reinforcement of the role of Community Agents and of the Primary Health Care attributes in these situations.
El abordaje de la violencia íntima (VI) es un desafío en la Atención Primaria de la Salud (APS). Estudios presentan discusiones bajo la perspectiva de profesionales, siendo que pocos avanzan en darles voz a las mujeres. El objetivo de este trabajo fue comprender la experiencia de estas mujeres en el contexto del cuidado ofrecido en la APS en la ciudad de Río de Janeiro, del estado del mismo nombre, Brasil. Se utilizó metodología cualitativa, entrevistando a mujeres en las unidades de Salud de la Familia, con un cuestionario semiestructurado y análisis hermenéutico-dialéctica. Entrevistas con 21 mujeres mostraron dificultades de revelación de la VI y posibilidades de actuación de la APS, identificando la precarización de la red. Sugerencias para abordaje: creación de grupos, escucha empática y vínculo. Se destacó la actuación de profesionales como tutores de resiliencia, la necesidad de calificación de la red, el refuerzo del papel de Agentes Comunitarios y de los atributos de la APS para el cuidado de esas situaciones.