Resumo Introdução. As diferentes formas de viver a sexualidade, alternativas à dominante, têm historicamente recebido respostas na forma de violência social e institucional. No entanto, poucos são os estudos que os analisam por meio de experiências pessoais vividas em ambientes educacionais. Objetivo. Esta pesquisa buscou acessar as diferentes formas pelas quais a normatividade sexual pode se manifestar nas escolas (por exemplo, relações interpessoais, conhecimento dos professores, práticas de ensino, etc.) e possíveis efeitos sobre os alunos transgêneros. Metodologia. A técnica utilizada para atingir esses objetivos foi a entrevista semiestruturada, que foi validada por um painel de especialistas. Duas pessoas participaram da pesquisa: a avó e cuidadora habitual de uma menina transgênero de seis anos e la professora da criança. Resultados. Observou-se que as referidas regulamentações surgiram em três níveis: institucional (nível macro), escolar (nível meso) e pessoal (nível micro). No primeiro nível, destaca-se a necessidade de políticas específicas e a influência da mídia. No segundo nível, observa-se a ignorância e a resistência da escola. No terceiro nível, destacam-se as práticas estereotipadas, a violência ad hoc e seu impacto no terceiro nível. Conclusão. Conclui-se que a falta de políticas específicas, a escassa formação em gênero e sexualidade e os preconceitos internalizados podem ser um entrave à livre expressão da diversidade em sala de aula.
Resumen Introducción. Las diferentes formas de vivir la sexualidad, alternativas a la dominante, han recibido, históricamente, respuestas en forma de violencia y rechazo social e institucional. Sin embargo, no son abundantes los estudios que las analizan a través de experiencias personales vividas en entornos educativos. Objetivo. Con esta investigación se ha pretendido acceder a las distintas formas a través de las cuales se puede manifestar la normatividad sexual y de género en centros escolares (e.g., las relaciones interpersonales, los conocimientos del profesorado, las prácticas docentes, etc.) y sus posibles efectos en el alumnado transgénero. Metodología. La técnica empleada para lograr estos objetivos ha sido la entrevista semiestructurada, la cual fue validada por un gabinete de personas expertas. Este instrumento pudo aplicarse a dos participantes: a la abuela y cuidadora de una niña transgénero de seis años de edad y a la maestra de esta. Resultados. Se observó que dicha normatividad aparecía en tres niveles: institucional (nivel macro), escolar (nivel meso) y personal (nivel micro). Los resultados ponen de relieve la necesidad de políticas específicas y la fuerte influencia mediática en el primer nivel, el desconocimiento y resistencias del centro educativo, en el segundo, y las prácticas estereotipadas, la violencia puntual y su impacto, en el tercero. Conclusión. La falta de políticas específicas, la escasa formación en género y sexualidad y los prejuicios interiorizados pueden suponer un obstáculo a la libre expresión de la diversidad en las aulas.
Abstract Introduction . Historically, alternative sexualities have endured social and institutional violence. Despite this, research analyzing personal experiences within educational environments remains scarce. Objective. The objective of this research was to explore the various manifestations of sexual normativity in schools and its effects on transgender students. Method. The semi-structured interview technique was employed, validated by a panel of experts. Two participants were involved: the grandmother of a six-year-old transgender girl and her teacher. Results. Sexual normativity manifested at three levels: institutional (macrosystem), school (mesosystem), and personal (microsystem). Specific results include the need for specific policies and media influence at the first level, the ignorance and resistance of the school at the second level, and stereotypical practices, ad hoc violence and its impact at the third level. Conclusions. The absence of specific policies, the shortage of training in this regard and prejudices can hinder the free expression of sexual and gender diversity at school.