Para avaliar o papel da resolução espacial na discriminação de diferentes classes de uso da terra na região Amazônica, diferentes valores de resolução espacial (60, 100, 120, 200 e 250 metros) foram simulados a partir de uma imagem do sensor "Thematic Mapper" (TM) do satélite Landsat 5. Mapas temáticos foram elaborados através da interpretação visual tanto nas imagens originais (30 x 30m), quanto nas imagens simuladas. Na legenda foram incluídos a floresta primária, as sucessões secundárias inicial e avançada, e áreas de não-floresta. Os resultados indicaram que para os temas Floresta e Não-floresta as alterações na resolução espacial não exerceram influência marcante nas estimativas de suas áreas, até as simulações de 200 metros. O contrário se verificou na identificação das áreas das formações florestais secundárias, uma vez que elas ocorrem sob forma de pequenos polígonos. Para evitar mudanças significativas no cálculo de área dessas formações, uma resolução espacial melhor que 100 metros é necessária. Esse resultado é uma indicação de que o uso do futuro satélite brasileiro de sensoriamento remoto (SSR-1) para a identificação de vegetação secundária em paisagens semelhantes a essa da área de estudo pode ser dificultado, especialmente para latitudes entre S10° e S15°. Entre estas latitudes, estão localizadas áreas críticas de desflorestamento e o tamanho do pixel deverá variar em uma mesma tomada de cena entre 100 metros (S10°) e 200 metros (S15°).
To evaluate the role played by the spatial resolution in distinguishing land cover classes in the Amazon region, different levels of spatial resolution (60, 100, 120, 200 and 250 meters) were simulated from a Landsat_5 Thematic Mapper (TM) image. Thematic maps were produced by visual interpretation from the original (30 x 30 meters) and simulated set of images. The map legend included primary forest, old and young woody secondary succession, and non-forest. The results indicated that for the discrimination between primary forest and non-forest, spatial resolution did not have great influence for pixel size equal or lower than 200 meters. The contrary was verified for the identification of old and young woody secondary vegetation due to their occurrence in small polygons. To avoid significant changes in the calculated area of these land cover types, a spatial resolution better than 100 meters is required. This result is an indication that the use of the future Brazilian remote sensing satellite (SSR-1) for secondary succession identification may be unreliable, especially for latitudes between S10° and S15° where critical areas of deforestation are located and pixel size is expected to vary within the same scene from 100 meters (S10°) to 200 meters (S15°).