Diante da atual pandemia de Covid-19, foi criada a Ação Estratégica “O Brasil Conta Comigo – Profissionais da Saúde”, direcionada à capacitação e ao cadastramento de trabalhadores da saúde. Alinhada a essa estratégia, foi lançada uma portaria do Ministério da Educação que autoriza a antecipação da colação de grau para profissões da saúde, o que desencadeou uma onda de formaturas antecipadas. O contexto em questão instigou-nos a elaborar um ensaio reflexivo acerca dos problemas que envolvem a antecipação da formação de enfermeiros. As reflexões foram tecidas com base em referenciais teóricos que desvelam o cinismo no discurso governamental em voga. Concluímos que em vez de uma medida resolutiva para amenizar déficit de mão de obra, as iniciativas governamentais representam um retrocesso nos campos da educação e da saúde que inviabiliza a reversão da histórica precariedade nas condições de trabalho na Enfermagem.
The Strategic Action “Brasil Conta Comigo - Profissionais da Saúde” was created in the context of the current Covid-19 pandemic, directed to train and keep records of health workers. Aligned with this strategy, the Ministry of Education has issued an Ordinance authorizing to advance the timeline of graduation for health professions, triggering a wave of early graduations. This context prompted us to prepare a reflective essay on the problems involved when nurses’ education is cut short. The reflections were woven based on theoretical references that unveil the cynicism present in the current government discourse. We conclude that, instead of a problem-solving measure to alleviate the labor deficit, government initiatives represent a setback in the field of education and health that precludes the reversion of the historical precariousness in nursing working conditions.
Ante la pandemia actual de Covid-19, se creó la Acción Estratégica “Brasil cuenta conmigo – Profesionales de la salud”, dirigida a la capacitación y el registro de trabajadores de la salud. Alineada a esa estrategia, se lanzó el Decreto Administrativo del Ministerio de Educación que autoriza la anticipación de la entrega de diploma a profesiones de la salud, lo que desencadenó una ola de graduaciones anticipadas. El contexto en cuestión nos instigó a elaborar un ensayo reflexivo sobre los problemas que envuelven la anticipación de la formación de enfermeros. Tales reflexiones se tejieron con base en referenciales teóricos que desvelan el cinismo en el discurso gubernamental en boga. Concluimos que, en lugar de una medida de resolución para atenuar el déficit de mano de obra, las iniciativas gubernamentales representan un retroceso en el campo de la educación y de la salud que inviabiliza la reversión de la histórica precariedad en las condiciones de trabajo de Enfermería.