Resumo: O artigo discute as relações entre os sistemas de saúde e a indústria farmacêutica, concentrando-se no apoio do Estado à inovação farmacêutica. Salienta as trajetórias dos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, países desenvolvidos, paradigmáticos dos modernos sistemas de saúde (liberais, universais e corporativos), além do Japão, um caso de emparelhamento bem-sucedido. Também enfatiza as trajetórias de China, Índia e Brasil, países em desenvolvimento, extensos, que experimentaram diferentes estratégias de emparelhamento, dispondo de sistemas de saúde e indústrias farmacêuticas com trajetórias e perfis diversos. Finalmente, com foco nas formas estatais de apoio à pesquisa em saúde, considera os mecanismos de conexão entre os sistemas de saúde e a indústria farmacêutica, avaliando as possibilidades, no Brasil, de fortalecer uma interação virtuosa que favoreça a expansão e consolidação do sistema de saúde brasileiro - universal, conquanto segmentado ‒ e a afirmação da indústria farmacêutica nacional inovadora.
Abstract: This article discusses the relations between healthcare systems and the pharmaceutical industry, focusing on state support for pharmaceutical innovation. The study highlights the experiences of the United States, United Kingdom, and Germany, developed countries and paradigms of modern health systems (liberal, universal, and corporatist), in addition to Japan, a case of successful catching up. The study also emphasizes the experiences of China, India, and Brazil, large developing countries that have tried different catching up strategies, with diverse histories and profiles in their healthcare systems and pharmaceutical industries. Finally, with a focus on state forms of support for health research, the article addresses the mechanisms for linkage between health systems and the pharmaceutical industry, evaluating the possibilities of Brazil strengthening a virtuous interaction, favoring the expansion and consolidation of the Brazilian health system - universal but segmented ‒ and the affirmation of the innovative national pharmaceutical industry.
Resumen: El artículo discute las relaciones entre los sistemas de salud y la industria farmacéutica, concentrándose en el apoyo del Estado a la innovación farmacéutica. Resalta las trayectorias de los Estados Unidos, Reino Unido y Alemania, países desarrollados, paradigmáticos de los modernos sistemas de salud (liberales, universales y corporativos), además de Japón, un caso de emparejamiento exitoso. También enfatiza las trayectorias de China, India y Brasil, países en desarrollo, extensos, que experimentaron diferentes estrategias de emparejamiento en este ámbito, disponiendo de sistemas de salud e industrias farmacéuticas con trayectorias y perfiles diversos. Finalmente, centrándose en las formas estatales de apoyo a la investigación en salud, se consideran los mecanismos de conexión entre los sistemas de salud y la industria farmacéutica, evaluando las posibilidades, en Brasil, de fortalecer una interacción virtuosa que favorezca la expansión y consolidación del sistema de salud brasileño -universal, pese a estar segmentado-, y la consolidación de la industria farmacéutica nacional innovadora.