Resumo Este artigo analisa os fatores que facilitam ou dificultam a produção de autonomia entre os usuários que vivenciam a dependência química em um CAPSad. Trata-se do resultado de pesquisa qualitativa realizada com todos os profissionais de um CAPSad. Foram realizadas 80 horas de observação, entrevista coletiva com dez trabalhadores e 13 entrevistas em profundidade, seguidas da Análise Temática. Constatamos que faltam condições para a produção de autonomia dos usuários no serviço estudado. Com base em Edgar Morin e Gastão Campos foi possível concluir que fatores essenciais para a produção de autonomia de trabalhadores e de usuários no enfrentamento das drogas - como condições de trabalho adequadas, salários dignos, profissionais engajados e rede de apoio psicossocial - não foram observados. Estas situações levam ao sentimento de “enCAPSulamento”, como foi verbalizado, o que contribui para que tenham uma atitude de distanciamento afetivo da dimensão cuidadora do trabalho em saúde. Logo, se não há autonomia no processo de trabalho, é extremamente difícil que consigam produzir o sentimento de autonomia por parte dos usuários, que, diante disso, persistem em dupla dependência - a do serviço e a química.
Abstract This article analyzes the factors that facilitate or hinder the production of autonomy among users who experience addiction in a CAPSad. This is the result of qualitative research with all professionals a CAPSad. It was performed 80 hours of observation, press conference with ten employees and 13 in-depth interviews, followed by thematic analysis. Found missing conditions for the production of autonomy of users in the service studied. Based on Edgar Morin and Gastao Campos it was possible to observe that essential factors for the production of autonomy of workers and users in coping with drugs - such as adequate working conditions, decent wages, engaged professionals and a psychosocial support network - were not observed. These situations lead to the feeling of “encapsulation”, as verbalized, which contributes to having an affective distancing attitude of caring dimension of health work. So if there is no autonomy in the work process it is extremely difficult that they can produce the feeling of autonomy on the part of users who, before this, persist in double dependence - service and chemical.
Resumen Este artículo analiza los factores que facilitan o dificultan la producción de la autonomía de los usuarios que experimentan la adicción en un CAPSad. Este es el resultado de la investigación cualitativa con todos los profesionales de un CAPSad. Se llevó a cabo 80 horas de observación, rueda de prensa con diez empleados y 13 entrevistas en profundidad, seguido de análisis temático. condiciones que faltan se encuentran para la producción de la autonomía de los usuarios en el servicio estudiado. Sobre la base de Edgar Morin y Gastao Campos se analizan los factores que ayudan a la producción de la autonomía de los trabajadores para que puedan contribuir a la construcción de la autonomía de los usuarios, tales como las condiciones de trabajo adecuadas, salarios dignos y profesionales comprometidos, no se observaron. Estas situaciones conducen a la sensación de “túnel”, como se expresa con palabras, lo que contribuye a tener una actitud de distanciamiento afectivo de la dimensión cuidadora de trabajo en salud. Así que si no hay autonomía en el proceso de trabajo es extremadamente difícil que puedan producir la sensación de autonomía por parte de los usuarios que, antes de esto, persisten en doble dependencia de servicio - y dependencia química.