RESUMO Introdução: A cirrose gera alterações nas trocas gasosas e a desnutrição proteico-calórica em pacientes hepatopatas. Objetivo: Avaliar e comparar as variáveis cardiopulmonares, a força do aperto de mão (FAM) e a composição corporal entre pacientes cirróticos pelo vírus da hepatite C e indivíduos saudáveis, e correlacionar o consumo máximo de oxigênio (VO2MAX) com a FAM. Métodos: Esta pesquisa caracteriza-se como estudo de caso-controle composto por 36 participantes (18 pacientes cirróticos com HCV e 18 indivíduos hígidos) de ambos os sexos, maiores de 18 anos. A força de preensão palmar foi mensurada por dinamometria com dinamômetro mecânico de empunhadura com alça ajustável. As variáveis ventilatórias foram avaliadas por ergoespirometria com teste de carga progressiva em cicloergômetro. A composição corporal foi mensurada por um técnico em cineantropometria nível II. Foram utilizados os testes t independente e Mann-Whitney para comparação entre os grupos e a correlação de Spearman para associação entre as variáveis. Resultados: Foram encontradas diferenças no consumo máximo de oxigênio 16,20 (11,60-18,55), mediana e intervalo interquartil x 19,90 (16,27-26,85), ventilação 45,40 (36,45-54,20) x 63,40 (50,40-78,00), produção de dióxido de carbono 785,88 (655,81-963,14) x 988,04 (826,93-1546,21), frequência cardíaca máxima (127,66 ± 23,26 média e ± DP) x (146,29 ± 23,31), primeiro limiar ventilatório (10,700 ± 3,19) x (14,912 ± 4,45) e segundo limiar ventilatório (14,16 ± 4,48) x (18,25 ± 5,54) entre cirróticos e controles, respectivamente. Encontramos correlação positiva moderada entre o consumo máximo de oxigênio e a força do aperto de mão (r = 0,474, p = 0,047). Conclusão: Existem alterações nas variáveis cardiopulmonares e há associação entre o VO2MAX e a FAM em pacientes cirróticos pelo vírus da hepatite C.
ABSTRACT Introduction: Cirrhosis causes changes in gas exchange and protein-calorie malnutrition in patients with liver disease. Objective: To evaluate and compare cardiopulmonary variables, handgrip strength (HGS) and body composition between cirrhotic patients with hepatitis C virus and healthy individuals, and to correlate maximal oxygen uptake (VO2MAX) with HGS. Methods: This survey is characterized as a case-control study composed of 36 participants (18 cirrhotic patients with HCV and 18 healthy individuals) of both sexes, older than 18 years. The palmar grip strength was measured by dynamometry using a mechanical handle dynamometer with adjustable handle. The ventilatory variables were evaluated by ergospirometry with a progressive load test on a cycloergometer. The body composition was measured by a level II cineanthropometry technician. Independent t test and Mann-Whitney test were used for comparison between groups and Spearman correlation for association between variables. Results: There were differences in maximal oxygen uptake 16.20 (11.60-18.55), median and interquartile range x 19.90 (16.27-26.85), ventilation 45.40 (36.45-54.20) x 63.40 (50.40-78.00), carbon dioxide production 785.88 (655.81-963.14) x 988.04 (826.93-1546.21), maximum heart rate (127.66 ± 23.26, mean and ± SD) x (146.29 ± 23.31), first ventilatory threshold (10.700 ± 3.19) x (14.912 ± 4.45) and second ventilatory threshold (14.16 ± 4.48) x (18.25 ± 5.54) between cirrhotic patients and controls, respectively. We found a moderate positive correlation between maximal oxygen uptake and handgrip strength (r=0.474, p=0.047) Conclusion: There are changes in cardiopulmonary variables and there is an association between VO2MAX and HGS in cirrhotic patients with hepatitis C virus.
RESUMEN Introducción: La cirrosis genera cambios en los intercambios gaseosos y la desnutrición proteico-calórica en pacientes con enfermedad hepática. Objetivo: Evaluar y comparar las variables cardiopulmonares, la fuerza de prensión manual (FPM) y la composición corporal entre pacientes cirróticos por el virus de la hepatitis C y sujetos sanos, y correlacionar el consumo máximo de oxígeno (VO2MAX) con la FPM. Métodos: Esta investigación se caracteriza como estudio caso-control compuesto por 36 participantes (18 pacientes cirróticos con VHC y 18 individuos sanos) de ambos sexos, mayores de 18 años. La fuerza de agarre palmar se midió mediante dinamometría con dinamómetro mecánico con mango ajustable. Las variables ventilatorias se evaluaron mediante ergoespirometría con prueba de carga progresiva en un cicloergómetro. La composición corporal fue medida por un técnico en cineantropometría de nivel II. Se utilizaron las pruebas t independiente y Mann-Whitney para la comparación entre los grupos y la correlación de Spearman para la asociación entre las variables. Resultados: Se encontraron diferencias en el consumo máximo de oxígeno 16,20 (11,60-18,55), mediana y rango intercuartílico x 19,90 (16,27-26,85), ventilación 45,40 (36,45- 54,20) x 63,40 (50,40-78,00), producción de dióxido de carbono 785,88 (655,81-963,14) x 988,04 (826,93-1546,21), frecuencia cardiaca máxima (127,66 ± 23,26, media y ± DE) x (146,29 ± 23,31), primer umbral ventilatorio (10,700 ± 3,19) x (14,912 ± 4,45) y segundo umbral ventilatorio (14,16 ± 4,48) x (18,25 ± 5,54) entre los cirróticos y controles, respectivamente. Encontramos una correlación positiva moderada entre el consumo máximo de oxígeno y la fuerza de prensión manual (r = 0,474, p = 0,047). Conclusión: Existen cambios en las variables cardiopulmonares y hay asociación entre el VO2MAX y FPM en pacientes cirróticos por el virus de la hepatitis C.