OBJETIVO: O colesteatoma da orelha média é uma doença relativamente comum, podendo ter sérias consequências. Fizemos um estudo retrospectivo de levantamento estatístico de 1146 cirurgias de colesteatoma da orelha média em adultos e crianças oriundas de várias classes sociais de todas as regiões do Brasil. CASUÍSTICA E MÉTODO: No período de 1962 a 1988 foram realizadas 1146 cirurgias de otite média colesteatomatosa uni ou bilateral, tendo sidos avaliados os dados epidemiológicos do colesteatoma sob diversos aspectos: total de intervenções cirúrgicas, sexo, idade de início primeiro sintoma, tempo de evolução, local da perfuração, localização do colesteatoma, alterações da cadeia ossicular, a orelha contralateral, o colesteatoma bilateral, a sede dos colesteatomas residuais e suas complicações. RESULTADOS: Mostraremos os resultados de diversos parâmetros que se seguem sob a forma de gráficos de diagrama de setores. CONCLUSÃO: Ainda somos incapazes de esclarecer a etiologia do colesteatoma. Cada dado, se epidemiológico ou estatístico, cada observação na cirurgia e cada conclusão experimental são bem-vindos para se ter mais subsídios sobre a patogenia do colesteatoma. Comparamos com os artigos internacionais publicados. Salientamos o fato de não termos encontrado nenhum trabalho publicado no Brasil a respeito somente da epidemiologia do colesteatoma.
Middle ear cholesteatoma is an important and relatively common disorder which may have serious consequences. AIM: The purpose was to conduct a retrospective study of the statistics of 1,146 middle ear surgical procedures for middle ear cholesteatoma in adults and children of low income living in distant areas from our city. METHODS: From 1962 to 1988 there were 1,146 surgeries for unilateral or bilateral cholesteatomas in children and adults, which were reviewed for the following criteria: total number of surgeries, sex, onset of the first symptoms, duration of the disease, the site of perforation, the cholesteatoma site, changes in the ossicular chain, the contralateral ear, bilateral cholesteatomas, the site of residual cholesteatoma, and complications. RESULTS: Results are shown graphically on a pie chart. CONCLUSION: The etiology of cholesteatomas remains unknown. Epidemiological and statistical data, surgical reports, and conclusions of experimental studies are welcome, as they may provide support for clarifying the pathogenesis of cholesteatoma. Our results were compared with internationally published papers. We found no published papers on the epidemiology of cholesteatoma in the Brazilian literature.