Abstract Objective: To evaluate job satisfaction in the Portuguese general practice/family physicians setting for personal issues, special skills required, work organization, doctor-patient relationship, teaching and learning, personal balance, and dissatisfaction factors. Methods: 2021 cross-sectional observational study, applying a specifically designed web questionnaire, organized into seven groups, six for satisfaction and one for dissatisfaction, and a satisfaction index (weighed sum from 0-100%), accordingly to the importance assigned to each of the previous seven groups. The invitation was made using specific socio-professional electronic networks. Results: A representative sample of n=343, 106 (30.9%) male, 105 specialty interns (30.6%) of whom 79 (75.2%) were female, 31-40 age bracket as the most represented with 140 people (40.8%) was studied. In the six satisfaction group factors, the mean result was 3.29 for an [1-4] classification, the lowest in group G6 - Factors for personal balance (2.13). In Factors for Dissatisfaction, the mean was 3.36. The satisfaction index verified an overall mean of 68.9% [32.2% to 92.1%] out of 100%. Discussion: With no other results to compare, the high mean result in ‘Dissatisfaction’ and the low one for ‘Factors for personal balance’ implies reflection even in the pandemic and consideration about the future general practice/family medicine practice in the Portuguese National Health Service. Conclusion: General practice/family physician doctors enjoy their profession. Personal balance was not met and strong factors of dissatisfaction excessive bureaucratic workload, daily work volume, excessive mental pressure, inadequate salary, and lack of recognition by the public, health administration, other medical specialties, and society, in general, were recognised.
Resumo Objetivo: Avaliar a satisfação profissional em medicina geral e familiar (MGF) quanto a questões pessoais, desempenho de competências especiais requeridas, organização do trabalho, relação médico-paciente, ensino e aprendizagem, equilíbrio pessoal e fatores de insatisfação. Métodos: Estudo observacional transversal realizado em 2021 via questionário web, especificamente construído e validado, estruturado em seis grupos sobre fatores de satisfação e um sobre insatisfação. Avaliou-se o índice de satisfação, em percentagem, pela importância relativa dos sete grupos em média ponderada. O convite para resposta foi difundido nas redes sociais específicas de médicos especialistas ou internos de MGF. Resultados: Amostra representativa de n=343, 106 (30,9%) do género masculino e 105 internos da especialidade (30,6%) sendo, destes, 79 (75,2%) do género feminino. O grupo etário 31-40 anos foi o mais representado: 40,8%. Nos seis grupos de fatores de satisfação a média nas respostas em intervalo [1-4] foi de 3,29, sendo menor no grupo Fatores p/ equilíbrio pessoal (2,13). Em Fatores de insatisfação, a média foi de 3,36. O índice de satisfação verificou uma média global de 68,9%. Discussão: Sem outros resultados para comparação, a média elevada em Fatores de insatisfação e baixa em Fatores para equilíbrio pessoal implicam reflexão, mesmo que em pandemia COVID-19 e em época reflexiva sobre o modelo público de prestação da MGF. Conclusão: Os médicos de MGF gostam da sua profissão. O equilíbrio pessoal não se verifica, sendo fatores de insatisfação a carga de trabalho burocrático, o volume de trabalho, a pressão mental excessiva, o salário inadequado e o não reconhecimento pelas administrações, restantes especialidades médicas e sociedade em geral.