O objetivo do estudo foi verificar o consumo de sal e alimentos ricos em sódio e a pressão arterial de escolares de uma escola da rede privada e de outra da rede pública, em Barra do Ribeiro, no Estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo transversal. Foram realizadas medidas antropométricas e de pressão arterial, seguindo métodos padronizados. Os responsáveis pelos escolares responderam questionário com questões referentes às condições socioeconômicas, fatores de risco familiares para hipertensão e hábitos alimentares do escolar (questionário de frequência). Foram avaliados 81 escolares, 42 (51,90%) com idade média 8,3 ± 3,2 anos. Dentre os escolares, 45 (55,60%) eram da rede privada e 36 (44,40%), da rede pública. Foram encontrados dois escolares com hipertensão arterial sistólica e ambos eram da escola da rede pública (p= 0,194); no entanto, o achado pode ter sido casual. Fato seme-lhante pode ter ocorrido com os quatro escolares com hipertensão arterial diastólica; desses, três eram da rede privada. Porém, não houve diferença significativa entre os grupos (p= 0,625). O consumo médio de sal foi de 7,66g (3098,81 mg da Na ou 133,86 mEq). O alimento rico em sódio correlacionado a níveis elevados de pressão arterial sistólica foi o enlatado. Constatamos que, quanto maior o consumo de sal, maior a pressão arterial sistólica. Nessa população, o consumo médio de sal encontra-se acima do recomendado pela literatura atualmente.
This article verifies the consumption of salt and food rich in sodium and the blood pressure of schoolchildren of a private and a public school in the city of Barra do Ribeiro, Rio Grande do Sul State, Brazil. It is a cross-sectional study with standardized methods of anthropometric and blood pressure measures. Parents and tutors answered a questionnaire about socio-economic conditions, family risk factors regarding hypertension and feeding habits of the student (frequency questionnaire). 81 students were evaluated, from those 42 (51.90%) medium age were 8.3 ± 3.2 years. 45 (55.60%) studied in the private school and 36 (44.40%) in the public school. Findings show two children with systolic hypertension, both from the public school (p = 0.194), yet this may be found by chance. Similar fact may have occurred with the four cases of diastolic hypertension; being three of them from the private school. But there was not significant difference between the groups (p = 0.625). The medium consumption of salt found in this population was of 7.66g (3098.81 mg or 133.86 mEq), which is above the recommended in the present literature. Canned food was related to be rich in sodium and to be associated with high levels of systolic blood pressure. In conclusion, as higher the salt consumption, higher the systolic blood pressure.