Abstract This article discusses the relationship between the conceptions, discourses and cartographic productions about the territory of the Kotiria (Wanano) and Kubeo peoples, who live on the Uaupés river in the Upper Rio Negro Indigenous Territory, and are speakers of languages of the Tukanoan family. Our data and reflections are mainly from the project Plano de Gestão Ambiental e Territorial Kotiria e Kubeo (PGTA-KK) carried out between 2014 and 2016. We analyze the mapping and mapmaking processes, and the various maps resulting from PGTA-KK. From the identified places, we explored the relationship between toponymy, mythical narratives, healing prayers and other forms of symbolic expressions of kinds of knowledge that ‘sit in places’ and in the landscape. The comparative analysis of these issues between the Kotiria and Kubeo gives rise to a reflection on a shared spatiality as a symbolic dimension that structures the conception about territory. Based on this concept, we revisit the cartographic production of Kotiria and Kubeo in order to reflect on the limits and potentialities of the use of different types of maps and mapmaking activities by indigenous peoples. This includes the so-called ‘counter-cartographies,’ ‘indigenous cartographies,’ ‘ethnomapping’ and other forms of cartographic productions capable of innovating the representation of territory so as to be more faithful to indigenous conceptions about place, territories and worlds. Wanano (Wanano peoples Territory family PGTAKK PGTA KK (PGTA-KK 201 2016 processes PGTAKK. KK. PGTA-KK places toponymy narratives sit landscape concept socalled called ‘countercartographies, countercartographies ‘counter cartographies, counter cartographies ‘counter-cartographies, ‘ethnomapping ethnomapping place worlds 20 ‘countercartographies ‘counter-cartographies 2
Resumo Este artigo discute a relação entre as concepções, os discursos e as produções cartográficas sobre o território dos povos Kotiria (Wanano) e Kubeo, habitantes do rio Uaupés, na Terra Indígena do Rio Negro, e falantes de línguas da família Tukano. Nossos dados e reflexões têm como principal base um projeto de Plano de Gestão Ambiental e Territorial Kotiria e Kubeo (PGTA-KK), realizado entre 2014 e 2016. Analisamos como se deu o processo de mapeamento e de produção cartográfica, assim como os diversos mapas resultantes do PGTA-KK. A partir dos lugares nomeados que foram mapeados, exploramos a relação entre toponímia, narrativas míticas, benzimentos e outras formas de expressões simbólicas de conhecimentos assentados nos lugares e na paisagem. A análise comparativa dessas questões entre os Kotiria e Kubeo enseja uma reflexão sobre uma espacialidade compartilhada como uma dimensão simbólica que estrutura o pensamento sobre o território. Com base nisso, revisitamos a produção cartográfica kotiria e kubeo para refletir sobre os limites e as potencialidades da utilização de diferentes tipos de mapas e atividades de mapeamento por povos indígenas, como as chamadas ‘contracartografias’, as ‘cartografias indígenas’, os ‘etnomapeamentos’ e outras formas de produções cartográficas capazes de inovar na forma de representar o território de modo a serem mais fiéis às concepções indígenas sobre lugares, territórios e mundos. Wanano (Wanano Uaupés Negro Tukano PGTAKK, PGTAKK PGTA KK , (PGTA-KK) 201 2016 PGTAKK. KK. PGTA-KK mapeados toponímia míticas paisagem nisso ‘contracartografias, contracartografias ‘contracartografias ‘contracartografias’ cartografias indígenas’ ‘etnomapeamentos etnomapeamentos mundos (PGTA-KK 20 2