RESUMO O presente artigo tem como foco o desenvolvimento da intervenção construída no âmbito da pesquisa do Movimento pela Saúde dos Povos ‘Engajamento da Sociedade Civil para Saúde para Todos’, em uma escola estadual em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Por meio da experiência apresentada, objetiva-se discutir sobre as possibilidades e as dificuldades da inserção de um movimento social no espaço escolar, juntamente com outros atores do campo da saúde, para estimular a participação social. Trata-se de uma intervenção direcionada à população jovem, no ambiente escolar, unindo vários segmentos: escola, Unidade de Saúde da Família, conselho de saúde, movimento social e universidades. Tendo a proposta da sistematização de experiências como método, a experiência é descrita por meio da sequência de atividades realizadas, baseadas na concepção de Bem Viver, que cultiva o pertencimento e o respeito à natureza. A revitalização da floresta abandonada da escola foi o eixo condutor das ações. A experiência demonstrou, por um lado, a dificuldade de estimular a participação social vinculada ao controle social e de praticar ações com forte interface entre escola e serviço de saúde. Por outro lado, possibilitou experimentar formas não institucionalizadas de participação, baseadas no exercício constante da cidadania e nas ações solidárias.
ABSTRACT This article focuses on the development of the intervention built within the research of the People’s Health Movement ‘Civil Society Engagement for Health for All’, in a public school in Porto Alegre, southern Brazil. Through this experience, it was aimed at discussing the possibilities and difficulties of the insertion of a social movement in the school environment, together with other actors in the health field, to stimulate social participation. This is an intervention directed at the youth, in the school environment, uniting several segments: school, Family Health Unit, health council, social movement and universities. Referenced on the proposal of the systematization of experiences as a method, the experience is described through the sequence of activities performed, based on the conception Buen Vivir, which cultivates belonging and respect for nature. The revitalization of the school’s abandoned forest was the guiding axis of the set of actions. This experience has shown, on the one hand, the difficulty of stimulating social participation linked to social control and of practicing actions with strong connection between school and health service. On the other hand, it made it possible to attempt non-institutionalized forms of participation, based on the constant exercise of citizenship and solidarity actions.