O presente estudo debate o Consultório na Rua, envolvendo a cartografia do trabalho de uma equipe de saúde para “pensar”: encontros na rua, redução de danos, respeito às pessoas em seus modos de ser/existir/constituir vida e inscrição em modelos próprios de saúde. Foram usados vídeos gravados na rua, atas de equipe e vivências dos autores. No desenvolvimento, foram construídos quatro âmbitos expressivos do contato com essa população: experiência do morar na rua, experiência do atuar com saúde na rua, experiência do aprender em ato de equipe multiprofissional/interdisciplinar e intercessão sociocultural proveniente do “encontro” com essa população. Na conclusão, destaca-se que a presença do consultório na rua não é simplesmente técnica, trata-se de uma presença política na esfera dos direitos, da equidade e da justiça, assim como intervenção política e cultural, respeitando modos de vida, promoção da saúde e defesa da multiplicidade na cidadania.
The present study discusses street health care and maps out the work of a health team to reflect about: encounters on the street, reducing harm, respecting people in their modes of being/existing/building a life, and the inscription of suitable healthcare models. Videos recordings, team annotations and the experiences of the authors were used for data analysis. The following expressive dimensions were constructed from our contact with the street population: the experience of living on the streets, the experience of working with health on the streets, the experience of on-the-job learning of a multiprofessional/interdisciplinary team, and the sociocultural intersection that originated from our “encounter” with this population. Providing health care on the streets is not a merely technical action, but represents a political presence involving the spheres of human rights, equity and justice, as well as political and cultural interventions. It is a way to respect ways of life, promote health, and defend multiplicity in citizenship.
En este articulo se discute el Consultorio en la Calle, envolviendo la cartografía del trabajo de un equipo de salud para “pensar”: encuentros en la calle, reducción de daños, respeto a las personas en sus modos de ser/existir/constituir vida, e inscripción en modelos propios de salud. Se usaron videos grabados en la calle, actas del equipo y vivencias de los autores. En el desarrollo se constituyeron cuatro ámbitos expresivos del contacto con esta población: experiencia del vivir en la calle, experiencia del actuar con salud en la calle, experiencia del aprender en acto de equipo multi-profesional/inter-disciplinario e intercesión sociocultural proveniente del “encuentro” con esta población. En la conclusión, se subraya que la presencia del consultorio en la calle no es simplemente técnica, sino que se trata de una presencia política en la esfera de los derechos, de la equidad y de la justicia, así como una intervención política y cultural, respetando modos de vida, promoción de la salud y defensa de la multiplicidad en la ciudadanía.