Resumo Este artigo propõe pensar outra possível história que as fotografias contam sobre a Revolta de 1924, entendendo-as como diferentes narrativas sobre o evento em questão. Nesse sentido, investiga a transgressão do conceito tradicional da fotografia como documento da realidade, observando que a fotografia promove outro tipo de narrativa que vai além do registro como documentação histórica. Para tanto, o artigo fundamenta-se em conceitos e reflexões trazidos por vários autores, como Carlo Ginzburg sobre o conceito de rastro, François Dosse e Mauricio Lazzarato nas respectivas interpretações do conceito de acontecimento e Joan Fontcuberta, Vilém Flusser, Walter Benjamin e Lucrécia Ferrara que apontam outras relações entre a fotografia e a comunicação, além da bibliografia sobre a Revolta de 1924.
Abstract This paper proposes to think of another possible story told by photographs about the Revolt of 1924, understanding them as different narratives about the event in question. In this sense, it studies the transgression of the traditional concept of photography as a document of reality. It is observed that photography promotes another type of narrative that goes beyond the record as historical documentation. For this, the paper is based on concepts and reflections brought by various authors, such as Carlo Ginzburg on the concept of trail, François Dosse e Mauricio Lazzarato, about the concept of event, Joan Fontcuberta, Vilém Flusser and Walter Benjamin, who permeate the discussions about photography, Lucrécia D´Alessio Ferrara, on the issues related to communication, in addition to the bibliography on the Revolt of 1924.