OBJETIVO: Descrever a prevalência de tabagismo e sua associação com outros fatores de risco para doenças crônicas entre funcionários dos centros de processamentos de serviços e comunicações de uma empresa bancária. MÉTODO: Estudo seccional de amostra aleatória simples de 647 funcionários, através de questionário auto-respondido no ambiente de trabalho. RESULTADOS: A prevalência de tabagismo foi de 29,5% (Intervalo de Confiança (IC) 95%: 27,5% a 31,5%), sendo 31,1% (IC 95%: 26,2% a 35,8%) entre homens e 27,8% (IC 95%: 22,6% a 32,9%) entre mulheres. O início do hábito ocorreu, em média, aos 17,6 anos entre os homens e 19,4 anos entre as mulheres. Observou-se alta prevalência de grandes fumantes entre homens e mulheres (53% e 42% respectivamente fumavam mais de 20 cigarros por dia). A freqüência de tabagismo foi maior nos mais velhos, nos divorciados separados e viúvos, nos hipertensos, naqueles que consumiam mais bebidas alcoólicas, e nos que não praticavam exercícios físicos. Comparados aos não-fumantes, os ex-fumantes eram mais velhos, consumiam mais bebidas alcoólicas e apresentavam maior freqüência de sobrepeso. CONCLUSÃO: A freqüência de tabagismo e de outros fatores de risco para as doenças crônicas, nesta categoria de trabalhadores, aponta para a necessidade de repensar estratégias das ações de saúde atualmente desenvolvidas. Oportunidades de intervenções preventivas mais eficazes e de menor custo podem estar sendo perdidas.
OBJECTIVE: To describe the prevalence of cigarette smoking and its association with other risk factors for chronic diseases among active workers of communication and data processing centers of a Bank. METHODS: Cross-sectional study in a simple random sample of 647 active workers of the bank. The data were collected in the work environment, through self-administered questionnaires. RESULTS: The prevalence of cigarette smoking was 29.5% (95% Confidence Interval (CI): 27.5%-31.5%), 31.1% (95%CI: 26.2%-35.8%) among men and 27.8% (95%CI: 22.6%-32.9%) among women. On average, males started smoking at the age of 17.6 years and women at the age of 19.4. High prevalence of heavy smokers was observed among men and women (53% and 42%, respectively, smoked more than 20 cigarettes per day). Smokers were older, more likely to be divorced, separated and widowed, to have high blood pressure, to drink alcoholic beverages more often, and to exercise less often than to non-smokers. Those who gave up smoking were older, drank more alcoholic beverages, and were more often overweight. CONCLUSION: The considerable frequency of smoking and other risk factors for chronic diseases among those workers may be an indication of the need for new strategies for health interventions. Opportunities for preventive actions, which are more effective and less costly, may have been lost.