ABSTRACT: Objective: To analyze the spatial distribution and the temporal trend of the AIDS incidence rate in Brazil from 2005 to 2020. Methods: This is an ecological, temporal, and spatial study on AIDS cases in Brazil. Data from the Notifiable Diseases Information System were stratified by year of diagnosis, region of the country/municipalities of residence, and age group (over 13 years). Incidence rates were calculated for temporal estimation using the Joinpoint model, as well as Spatial Empirical Bayes (SEB) for spatial distribution, using the Kernel density estimator. Results: The incidence rate in Brazil, in 2020, was 17.69 cases per 100 thousand inhabitants. The general trend (2005–2020) was decrease in Brazil (Annual Percent Change – APC=-2.0%), in the Southeast (APC=-4.4%) and South (APC=-3.0%) regions. The North (APC=2.3%) showed an increase trend, whereas the Southeast and Midwest regions were stationary (p>0.05). Brazil, Southeast, South, and Midwest regions showed a decrease trend in most age groups. The Northeast and North regions showed an increase in the age groups of 13–29 years and 13–24 years, respectively. The Kernel estimator showed clusters with SEB above 30/10 thousand inhabitants in the states of Paraíba, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul, and Santa Catarina. Conclusion: Brazil, the Southeast, and South regions showed a decrease in the incidence rate, whereas the North region increased and the Northeast and Midwest regions were stationary. The Southeast, South, and Northeast regions presented the largest clusters of SEB.
RESUMO: Objetivo: Analisar a distribuição espacial e a tendência temporal da taxa de incidência de AIDS no Brasil no período de 2005 a 2020. Métodos: Estudo ecológico, temporal e espacial sobre os casos de AIDS no Brasil. Dados provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde foram estratificados por ano do diagnóstico, região do país/municípios de residência e faixa etária (acima de 13 anos). Foram calculadas as taxas de incidência (TI) para a estimativa temporal por meio do modelo de joinpoint, bem como as taxas bayesianas empíricas espaciais (TBEE) para a distribuição espacial pelo estimador de densidade de Kernel. Resultados: A TI no Brasil no ano de 2020 foi de 17,69 casos para cada 100 mil habitantes. A tendência geral (2005–2020) foi de diminuição no Brasil (variação percentual anual — VPA=-2,0%), Sudeste (VPA=-4,4%) e Sul (VPA=-3,0%). O Norte (VPA=2,3%) demonstrou aumento, enquanto o Sudeste e Centro-oeste foram estacionários (p>0,05). O Brasil, Sudeste, Sul e Centro-oeste apresentaram tendência de diminuição na maioria das faixas etárias. O Nordeste e Norte apresentaram aumento nas faixas etárias de 13 a 29 anos e 13 a 24 anos, respectivamente. O estimador de Kernel demonstrou conglomerados com TBEE acima de 30/10 mil habitantes nos estados de Paraíba, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Conclusão: O Brasil e as Regiões Sudeste e Sul apresentaram diminuição da TI, enquanto o Norte aumentou e o Nordeste e Centro-oeste foram estacionários. As Regiões Sudeste, Sul e Nordeste apresentaram os maiores conglomerados das TBEE.