Este artículo traza una genealogía del concepto de negridad en América Latina mediante el análisis de la literatura histórica y antropológica que revela cómo han viajado en el tiempo y el espacio las ideas sobre la negridad. Comienzo en el periodo colonial para conceder la debida atención a las intensas luchas que se dieron por definir y desestabilizar la categoría del esclavo africano. Después, analizo diferentes encarnaciones de los nacionalismos latinoamericanos -blanqueamiento, mestizaje, y multiculturalismo- para mostrar cómo los proyectos de construcción de nación han configurado definiciones cambiantes de negridad. Finalmente, tomo distancia de los amarres nacionalistas para considerar las formas diaspóricas de negridad. Aunque sigo una especie de narrativa cronológica tengo en cuenta una diversidad de categorías -trabajo, raza, etnicidad, sexualidad y nación- que han influido, en mayor o menor medida, en las definiciones de la categoría de diferencia que refiero como negridad.
This article traces a genealogy of the concept of blackness in Latin America by reviewing historical and anthropological literature that, though not always centrally concerned with the production of blackness, nonetheless reveals how ideas about blackness have traveled across time and space. I begin in the colonial period in order to give due attention to the fierce battles to define and unsettle the category of the African slave. Then, I look at various incarnations of Latin American nationalisms-whitening, mestizaje, and multiculturalism- in order to evince how nation-making projects have produced changing definitions of blackness. Finally, I break loose from the nationalist bind to consider diasporic forms of blackness. While producing somewhat of a chronological narrative, I consider a variety of categories-labor, race, ethnicity, sexuality, and nation-which have at times been more or less salient in defining the category of difference that I refer to as blackness.
Este artigo traça uma genealogia do conceito de negritude (negridad) na América Latina mediante a análise da literatura histórica e antropológica que, embora nem sempre relacionada de modo central com a produção desse conceito, revela formas pelas quais idéias sobre ele têm transitado no tempo e no espaço. Inicia-se com o período colonial a fim de atentar sobre as intensas lutas na definição e desestabilização da categoria de escravo africano. A seguir, analisam-se as diferentes encarnações dos nacionalismos latino-americanos - branqueamento, mestiçagem e multiculturalismo - com o propósito de demonstrar como os projetos de formação da nação têm configurado definições mutáveis de negritude (negridad). Finalmente, distancia-se das amarras nacionalistas para considerar as formas diaspóricas desse fenômeno. Ainda que seguindo um tipo de narrativa cronológica, consideram-se uma variedade de categorias - operando-se com trabalho, raça, etnicidade, sexualidade e nação - que, por vezes, têm sido menos evidentes na definição da categoria de diferença à qual negritude (negritud) faz referência.