A era industrial efetivou a maquinaria entre os humanos, mas as Ciências Sociais do início do século XX pouco se ocuparam das máquinas, alocando-as com frequência como corolário do desenvolvimento das sociedades humanas. Não são as máquinas produtoras objetivas das condições materiais da vida coletiva de inúmeras sociedades? Não poderiam assim as máquinas ocuparem um ponto de distinção na história das Ciências Sociais? A aposta de Jaques Lafitte, na primeira metade do século XX, foi de que uma ciência social das máquinas não só seria possível como imprescindível à história futura de viabilidade das Ciências Sociais. Lafitte formulava, nessa lacuna, a mecanologia: um esforço de ciência social em torno das máquinas. Sua mecanologia avançava em direção à Sociologia francesa e radicalizava uma de suas expressões: se a Sociologia é capaz de fundar sua tecnologia , é preciso que esta seja devidamente tratada como uma incursão social no reino dos seres mecânicos.
The industrial era settled the machinery among humans, but the Social Sciences of the early twentieth century did little to deal with the machinery, often allocating itas a corollary of the development of human societies. But are not machines objective producers of material conditions for the collective life of countless societies? Could not machines thus occupy a point of distinction in the history of Social Sciences? The bet of Jaques Lafitte, in the first half of the twentieth century, was that a social science of machines was not just possible, but was indeed needed for thefuture history of Social Sciences viability. In this gap,mechanology was formulated: an effort in the direction of a social science of machines. Lafitte’s mechanology advanced on French sociology and radicalized one of its expressions: if Sociology is able to found its Technology, it must be properly treated as a social incursion into the realm of mechanical beings.
L’ère industrielle a rendue effective la présence des machines parmi les humains, mais les Sciences Sociales du début du XXe siècle se sont peu occupé des machines, les reléguant fréquemment à un corollaire du développement des sociétés humaines. Mais les machines ne sont-elles pas des productrices objectives des conditions matérielles de la vie collective d’innombrables sociétés? Ne pourraient-elles pas, ainsi, occuper une place d’honneur dans l’histoire des Sciences Sociales? Le pari de Jaques Lafitte, au cours de la première moitié du XXe siècle, était qu’une science sociale des machines n’était non seulement possible, mais indispensable à l’histoire future de la viabilité des Sciences Sociales. Lafitte formulait, par cette lacune, la Science des Machines : un effort des Sciences Sociales par rapport aux machines. Sa Science des Machines a avancé vers la sociologie française et a renforcé l’une de ses expressions: si la sociologie est capable fonder satechnologie , il est nécessaire que celle-ci soit correctement traité comme une incursion sociale dans le royaume des êtres mécaniques.