Esta pesquisa identificou as práticas educativas parentais, com ênfase em castigos e punições corporais, por meio do relato de estudantes. Responderam a um questionário com 61 questões, 472 crianças e adolescentes de ambos os sexos e com idade entre oito e 16 anos. A maioria dos participantes relatou que já recebera punições corporais (88,1%) e castigos (64,8%). Sobre punições corporais, 86,1% apanharam da mãe e 58,6% apanharam do pai; 36,9% dos participantes relataram que já ficaram machucados. A maioria dos participantes apanhou nas nádegas (64,7%), e os punidores utilizaram mais freqüentemente as próprias mãos (62,3%), embora cinto (43,0%) e chinelo (42,3%) também tenham servido para punir. A avaliação que os participantes fizeram sobre os métodos disciplinares revelou uma contradição: 75,2% concordaram que, quando fazem coisas erradas, as crianças devem apanhar, mas somente 34,5% afirmaram que utilizarão punições corporais em seus filhos, e um número considerável (27,1%) afirmou estar em dúvida. As implicações do uso da punição corporal foram discutidas.
The aim of this study was to identify parenting practices that included punitive interactions: physical punishment and nonphysical punishment. A 61-item survey was developed and given to 472 students (aged 8-16 years). Results of the survey showed that: the majority of the participants claimed that had received physical punishment (88,1%) and nonphysical punishment (64,8%); 86,1% was spanked by mothers, and 58,9% by fathers; 36,9% reported that they had been hurt when spanked; most of the students (64,7%) were hit on their buttocks; 62,3% was spanked with hands, but some objects as belt (43,0%) and slippers (42,3%) were also used. The evaluation made by the participants about physical punishment revealed a contradiction: while 75,2% agreed children must be spanked when they misbehave, only 34,5% said that they intend to spank their children in the future. Implications for the use of physical punishment were discussed.