A organização e gestão de sistemas de saúde integrados são complexas e desafiadoras. Como estratégia para melhoria da qualidade e do acesso aos serviços de urgência, o Ministério da Saúde adotou a implantação da Rede de Urgência e Emergência (RUE), composta por pontos de atenção de diferentes densidades tecnológicas. O objetivo foi avaliar a qualidade dos componentes pré-hospitalares fixos da RUE em macrorregiões de saúde. Foi realizado estudo transversal utilizando dados do Programa Nacional de Avaliação dos Serviços de Saúde (PNASS) e do Programa de Melhoria da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Foi construída uma tipologia da qualidade das unidades de pronto atendimento (UPAs) e do acolhimento, por macrorregião de saúde, correlacionando-as com variáveis socioeconômicas. Foi realizada uma análise de clusters. Foram avaliadas 280 UPAs, 21.182 unidades básicas de saúde (UBS) e 27.335 equipes de saúde da família (EqSF) de 74 macrorregiões de saúde. O indicador geral da qualidade dos componentes apresentou média 0,687 em 1,00. A qualidade da UPA (0,61) foi positivamente influenciada pelos indicadores Assistência farmacêutica e Atenção imediata à urgência e emergência, com piores resultados em Gestão de contratos, Planejamento e organização e Modelo organizacional. Na qualidade da atenção primária à saúde (APS) (0,78), as dimensões mais bem avaliadas foram Articulação com a rede, Acolhimento e procedimentos, ao contrário de Exames e medicamentos. As macrorregiões de saúde foram alocadas em três clusters. O Cluster 3 obteve nota média geral (0,81) bem superior aos demais (0,64 e 0,63). Observou-se qualidade inferior da APS no Cluster 1, aquele com maior vulnerabilidade social.
The organization and management of integrated health systems is complex and challenging. As a strategy to improve the quality and access to urgent services, the Brazilian Ministry of Health implemented the Emergency and Urgent Care Network (RUE), comprised of care facilities with different technological levels. Assess the quality of prehospital fixed components of the RUE in health macroregions. A cross-sectional study using data from the Brazilian National Health Services Evaluation Program (PNASS) and the Brazilian National Program for Improvement of Access and Quality of Basic Care (PMAQ-AB) was carried out. A typology was built for the quality of the emergency care units (UPAs) and the first visit by health macroregion, correlating it with socioeconomic variables. A cluster analysis was performed. In total, 280 UPAs, 21,182 basic health units (UBSs), and 27,335 family health teams from 74 health macroregions were evaluated. The general indicator of the quality of the components presented an average of 0.687 (reference score: 1.00). UPA quality (0.61) was positively influenced by the indicators Pharmacy support and Immediate emergency and urgent care, with worse results in Contract management, Planning and organization, and Organizational model. In primary healthcare (PHC) quality (0.78), the dimensions with better evaluations were Articulation with the network, Reception and procedures, unlike Exams and medications. Health macroregions were allocated to three clusters. Cluster 3 obtained a much higher overall average score (0.81) than the others (0.64 and 0.63). A lower quality of PHC was observed in Cluster 1, which showed the highest level of social vulnerability.
La organización y la gestión de los sistemas de salud integrados es compleja y desafiante. Como estrategia para mejorar la calidad y el acceso a los servicios de urgencia, el Ministerio de Salud brasileño adoptó la implementación de la Red de Urgencia y Emergencia (RUE), compuesta por puntos de atención de diferentes densidades tecnológicas. Evaluar la calidad de los componentes prehospitalarios fijos de RUE en las macrorregiones de salud. Se llevó a cabo un estudio transversal utilizando datos del Programa de Evaluación de los Servicios Nacionales de Salud (PNASS) y del Programa Nacional de Mejoría de Acceso y Calidad de la Atención Básica (PMAQ-AB). Fue construida una tipología de la calidad de las unidades de atención de urgencias (UPAs) y de la recepción por macrorregión de salud, correlacionándolas con variables socioeconómicas. Se realizó un análisis de grupos. Evaluadas 280 UPAs, 21.182 servicios de salud básicos (UBSs) y 27.335 equipos de salud familiares de 74 macrorregiones de salud. El indicador general de la calidad de los componentes promedió mostró una media de 0,687 sobre 1,00. En la calidad de las UPAs (0,61) influyeron positivamente los indicadores Asistencia farmacéutica y Atención inmediata de urgencias y emergencias, con peores resultados en Gestión de contratos, Planificación y organización y Modelo organizativo. En la calidad de la atención primaria en salud (APS) (0,78) las dimensiones mejor evaluadas fueron la Coordinación con la red, la Recepción y los procedimientos, frente a los Exámenes y la medicación. Las macrorregiones de salud se asignaron en tres grupos. El Grupo 3 obtuvo nota media general (0,81) muy superior a los demás (0,64 y 0,63). Se observó una calidad inferior de la APS en el Grupo 1, aquel con mayor vulnerabilidad social.