Abstract This article discusses the challenges faced by the state managers of the Brazilian National Health System (SUS) in the context of the COVID-19 pandemic and the consequences for their personal lives. From interviews with state managers, it became evident that the pandemic implied the replanning of health actions and services, the structuring of new hospital services and beds, the use of telemedicine, and the hiring and training of professionals. It also exposed the lack of integrated policies and national coordination, which led to states adopting different strategies. These factors, as well as the politicization of the pandemic, the denial of the disease, and the attempt of the federal government to impose ineffective treatments for COVID-19 were considered among the greatest difficulties experienced by managers. Managing the SUS became a risky exercise, with deleterious repercussions not only for themselves and their management, but also for their families and friends. If, on the one hand, the strenuous context affected the managers’ physical and mental health, who began dealing with overweight, anxiety, and anguish, on the other hand, it was a source of motivation for catalyzing solidarity, empathy, and sharing among political actors. (SUS COVID19 COVID 19 COVID-1 lives beds telemedicine professionals coordination strategies factors disease exercise management friends If hand overweight anxiety anguish solidarity empathy actors COVID1 1 COVID-
Resumo Este artigo discute os desafios enfrentados pelos gestores estaduais do Sistema Único de Saúde (SUS) no contexto da pandemia de covid-19 e as consequências produzidas em suas vidas pessoais. A partir de entrevistas com gestores estaduais, tornou-se evidente que a pandemia demandou o replanejamento das ações e serviços de saúde, a estruturação de novos serviços e leitos hospitalares, o uso de telemedicina e a contratação e capacitação de profissionais. Também emergiu a ausência de políticas integradas e de uma coordenação nacional, que levou à adoção de diferentes estratégias por parte dos estados. Estes fatores, assim como a politização da pandemia, a negação da doença e a tentativa do governo federal de impor tratamentos ineficazes para a covid-19 foram consideradas entre as maiores dificuldades vivenciadas pelos gestores. Fazer a gestão do SUS se tornou um exercício de risco, com repercussões deletérias não apenas para si e para a sua gestão, mas também para suas famílias e amigos. Se, por um lado, o contexto extenuante afetou a saúde física e mental dos gestores, que passaram a lidar com excesso de peso, ansiedade e angústia, de outro, foi fonte de motivação por catalisar solidariedade, empatia e o compartilhamento entre os atores políticos. (SUS covid19 covid 19 covid-1 pessoais tornouse hospitalares profissionais nacional estados fatores risco amigos Se lado peso angústia outro solidariedade políticos covid1 1 covid-