A bixina em pó (30% de bixina), proveniente das sementes de urucum (Bixa orellana L.), foi administrada, por gavagem, a ratos Wistar, 10 animais de cada sexo, na concentração de 0,01±0,006% de bixina/dia, em óleo de milho, cinco dias por semana, durante 13 semanas, com o objetivo de verificar a toxicidade da substância-teste para essa espécie animal. A grupos controle (10 animais por sexo), foi administrado óleo de milho, para comparação. Durante o período de exposição, foram registrados o peso absoluto corpóreo, o ganho de peso, o consumo de ração e a eficiência alimentar, bem como realizadas as avaliações clínica e oftalmoscópica. Antes da eutanásia, os animais foram anestesiados (éter etílico) e submetidos a exames hematológicos de rotina e bioquímicos (glicose, creatinina, colesterol total, triglicérides, asparagina transaminase e g-glutamil transaminase). Durante o exame necroscópico, fígado, rins, baço, adrenais e testículos foram excisados e pesados. O estudo histológico foi realizado em amostras de fígado e rins dos animais expostos e respectivos controles. A análise estatística dos parâmetros de peso, hematológicos e bioquímicos mostrou algumas diferenças significativas entre os grupos teste e controle, as quais não parecem estar relacionadas à exposição. Não foram observadas alterações clínicas, comportamentais, necroscópicas e histológicas. Nas condições do estudo, a bixina não produziu efeitos tóxicos nos animais expostos.
The aim of the investigation was to determine the possible health hazards of bixin (30%) from annatto (Bixa orellana L.) origin to rats. A concentration of 0.01±0.006%/day of bixin in corn oil was administered to 20 Wistar rats (10 per sex), through the oral route (gavage) over a period of 13 weeks. A group of untreated animal (10 per sex) acting as a control (corn oil) was used for comparision. Body weight, body weight gain, feed consumption and feed efficiency were determined. The health of the animals was checked. At the end of the study a biochemistry (glucose, creatinine, total cholesterol, triglyceride, asparagine transaminase and g-glutamyl transaminase) and hematological examination was carried out. All the animals were subjected to a gross-pathological assessment followed by liver, kidney, adrenals, spleen and tests weight. A histopathological analysis (liver and kidney) was performed. From the weight parameters clinical, clinical chemistry and haematology, necroscopy and histology viewpoints, it can be said that annatto, under the chosen test condition, was no toxic to the rat.