Resumo Este estudo teve por objetivos estimar a prevalência de dor nas costas na população urbana de Campinas, São Paulo, Brasil, e identificar os subgrupos populacionais mais afetados pelo problema. Os dados foram obtidos na pesquisa populacional realizada em 2008 e 2009, que envolveu 1.118 indivíduos com idades de 18 a 59 anos. A prevalência de dor nas costas foi de 30,6%, acometendo 34,4% das mulheres e 26,5% dos homens. Após ajustes, a prevalência se mostrou mais elevada nas mulheres, nos de menor escolaridade, nos que trabalhavam mais de 40 horas por semana, nos fumantes e ex-fumantes, nos que não faziam atividade física em contexto de lazer e nos ativos nas atividades domésticas e de trabalho. A prevalência revelou-se crescente com a idade e com o número de filhos, com o número de morbidades e problemas de saúde e com a piora da autoavaliação da saúde. Os resultados confirmam a elevada prevalência do problema e das limitações que provoca, indicando os segmentos sociodemográficos que merecem maior atenção em ações de prevenção e controle dos serviços de saúde.
Abstract This study aimed to estimate the prevalence of back pain in the urban population of Campinas, São Paulo State, Brazil, and identify the most affected groups. Data were obtained from a population survey in 2008-2009 that included 1,118 individuals aged 18-59 years. Overall prevalence of back pain was 30.6% (34.4% in women and 26.5% in men). After adjustment, prevalence was higher among women, those with less schooling, people working more than 40 hours a week, smokers and former smokers, those with no leisure-time physical activity, and those who were physically active in household chores and at work. Prevalence increased with age and with the number of children, number of diseases and health problems, and those with worse self-rated health. The results confirm the high prevalence of low back pain and the associated incapacity, indicating the population groups that require heightened attention from health services.
Resumen Este estudio buscó estimar la prevalencia de dolor de espalda en la población urbana de Campinas, São Paulo, Brasil, y también identificar los subgrupos de la población más afectados por el problema. Los datos se obtuvieron a partir de la encuesta de población realizada entre los años 2008 y 2009 y que involucró 1.118 personas con edades entre 18 a 59 años. La prevalencia del dolor de espalda fue de 30,6%, afectando 34,4% de mujeres y 26,5% de hombres. Después del ajuste, la prevalencia se mostró más elevada entre las mujeres, las personas con menor número de años de estudio, entre trabajadores con más de 40 horas a la semana, en los fumadores y ex fumadores, en los quienes no practicaban actividad física en su tiempo libre y en quienes realizaban actividades domésticas y de trabajo. La prevalencia aumentó con la edad y con el número de hijos, con el número de morbilidades y problemas de salud y con la peor autopercepción de salud. Los resultados confirman la alta prevalencia del problema y las limitaciones que causa, indicando los segmentos demográficos que merecen más atención por parte de los servicios de salud.