Objetivo — Com o intuito de avaliar a eficácia e a manutenção da esclerose endoscópica pós-operatória como rotina, em associação à esplenectomia com ligadura da veia gástrica esquerda e desvascularização da grande curvatura do estômago, foi realizado o presente estudo. Método - Entre 1992 e 1998 foram operados 131 pacientes no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE. O seguimento médio foi de 30 meses. Os pacientes foram solicitados a retornar ao ambulatório daquele hospital para realização de controle clínico e laboratorial. Dos 111 pacientes que retornaram ao ambulatório, apenas 80 realizaram endoscopia digestiva alta de controle. Destes 80, 36 seguiram a recomendação e realizaram esclerose endoscópica pós-operatória (grupo 1), enquanto 44 não a realizaram (grupo 2). Resultados - Observou-se de forma relevante e estatisticamente significativa, a diferença entre os dois grupos quando se analisou a erradicação das varizes de esôfago, com melhor resultado para o grupo 1 (52,7% do grupo 1 versus 18,2% do Grupo 2). Nos demais itens analisados (mortalidade, recidiva hemorrágica, trombose da veia porta, varizes de fundo gástrico e grau de fibrose periportal) não se observou relevância estatística. Conclusão - Conclui-se que a associação da escleroterapia endoscópica pós-operatória à esplenectomia com ligadura de veia gástrica esquerda e desvascularização da grande curvatura do estômago, no tratamento da hipertensão portal esquistossomótica com antecedentes de hemorragia digestiva, deve ser mantida.
Objective — With the intention of evaluating the effectiveness and the maintenance of the postoperative endoscopic sclerosis as routine, in association to splenectomy with left gastric vein ligature and devascularization of the great curvature of the stomach, the present study was accomplished. Method - Between 1992 and 1998, 131 patient were operated in the General Division of the "Hospital das Clínicas" (Federal University of Pernambuco, Recife, PE, Brazil). The medium follow-up was 30 months. All patients were requested to come back to the clinic for accomplishment of clinical and laboratory control. Of the 111 patients that came back to the clinic, 80 patients had a digestive endoscopy done. Of these 80 patients, 36 followed the recommendation and underwent to a postoperative endoscopic sclerosis program (group 1), while 44 did not accomplish postoperative endoscopic sclerosis (group 2). Results - Regarding the eradication of the esophagus varices, the authors found a statistical difference between the groups (52,7% of the group 1 vs. 18,2% of the group 2). Other analyzed items (mortality, rebleeding rate, thrombosis of the portal vein, gastric varices and degree of periportal fibrosis) statistical relevance was not observed. Conclusion - The association of the postoperative endoscopic sclerosis to the splenectomy with left gastric vein ligature and devascularization of the great curvature of the stomach, in the treatment of schistosomotic portal hypertension with digestive hemorrhage antecedent, should be maintained.