RESUMO CONTEXTO: A deficiência de vitamina D está sendo reconhecida como uma pandemia devido ao volume de pessoas afetadas pela deficiência e o número de doenças geradas ou estimuladas por tal deficiência. Há falta de consenso na literatura sobre o que é considerado deficiência de vitamina D [25(OH)D]. OBJETIVO: Esta revisão reúne os níveis mais comuns de 25(OH)D encontrados em escolares saudáveis e o que é considerado deficiência. MÉTODOS: Esta revisão sistemática foi baseada na literatura acessada a partir das bases de dados eletrônicas: MEDLINE, EMBASE, LILACS, SCOPUS e WEB OF SCIENCE. Foram utilizados os seguintes descritores em inglês, português e espanhol: “Vitamina D”; “Deficiência de vitamina D”; “Suplementos Nutricionais”, bem como todos os seus sinônimos. A meta-análise foi realizada considerando o modelo aleatório. Critérios de inclusão: crianças saudáveis na faixa etária de 6 a 12 anos, estudos que tinham níveis de vitamina D, deficiência de vitamina D definida. RESULTADOS: Dos 191 artigos potencialmente elegíveis, apenas seis artigos foram incluídos, com 2618 escolares no total. O valor médio de 25(OH)D foi estimado em 18,11 ng/mL com 95% de intervalo de confiança. Dentre os artigos encontrados três consideraram deficiência níveis abaixo de 20 ng/mL, um considerou abaixo de 18 ng/mL, outro abaixo de 15 ng/mL, e o último abaixo de 11 ng/mL. A prevalência da deficiência de vitamina D entre os artigos foi de 48,6%, 7%, 98%, 64,63%, 19,5%, 28,4%, de acordo com cada classificação utilizada por eles. CONCLUSÃO: A definição mais comum na literatura de deficiência de 25(OH)D em escolares foi em níveis inferiores a 20 ng/mL. Nenhum efeito colateral foi relatado em estudos que usaram fortificação e/ou suplementação de vitamina D. A suplementação diária é mais eficaz do que a suplementação sazonal. No entanto, mais estudos são necessários para definir o que pode ser considerado como níveis ótimos de 25(OH)D em crianças.
ABSTRACT BACKGROUND: Vitamin D deficiency is being recognized as a pandemic due to the volume of people affected by the deficiency and the number of illnesses generated or stimulated by the deficiency. There is a lack of consensus in the literature on what is considered vitamin D deficiency [25(OH)D]. OBJECTIVE: This review brings together the most common levels of 25(OH)D found in healthy schoolchildren and what is considered deficient. METHODS: This systematic review was based on the literature accessed from the electronic databases: MEDLINE, EMBASE, LILACS, SCOPUS and WEB OF SCIENCE. The following descriptors were used in English, Portuguese and Spanish: “Vitamin D”; “Vitamin D deficiency”; “Nutritional Supplements” as well as all their synonyms. The meta-analysis was performed considering the random model. Inclusion criteria: healthy children aged 6 to 12 years, studies that had vitamin D levels, defined vitamin D deficiency. RESULTS: Of the 191 potentially eligible articles, only six articles were included, with 2618 students in total. The mean value of 25(OH)D was estimated at 18.11 ng/mL with 95% confidence interval. Among the articles found, three were considered deficiency levels below 20 ng/mL, one considered below 18 ng/mL, another below 15 ng/mL, and the latter below 11 ng/ mL. The prevalence of vitamin D deficiency among the articles was 48.6%, 7%, 98%, 64.63%, 19.5%, 28.4%, according to each classification used by the same. CONCLUSION: The most common definition in the literature of 25(OH)D deficiency in schoolchildren was at levels below 20 ng/mL. No side effects have been reported in studies that used fortification and/or vitamin D supplementation. Daily supplementation is more effective than seasonal supplementation. However, more studies are needed to define what can be considered as optimal levels of 25(OH)D in children.