O objetivo do presente estudo foi avaliar, por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), o posicionamento espacial da mandíbula após expansão rápida da maxila (ERM) na maloclusão de Classe II. Este estudo prospectivo avaliou 17 crianças (idade média inicial de 10,36 anos) com maloclusão de Classe II Divisão 1 e atresia esquelética da maxila, as quais foram submetidas ao protocolo de Haas para ERM. TCFCs foram realizadas antes do tratamento (T1), imediatamente após estabilização do parafuso expansor (T2) e após o período de 6 meses de contenção (T3). Com o software Dolphin Imaging®, 11.0, foi possível a manipulação das imagens e as mensurações das landmarks (condílio direito e esquerdo; gônio direito e esquerdo; e mento) em relação aos planos sagital, coronal e axial, para que fosse possível verificar os efeitos transversais, anteroposteriores e verticais, respectivamente. O teste t de Student pareado foi utilizado para identificar significância estatística (p<0,05) entre os intervalos T2 e T1, T3 e T2, e T3 e T1. Imediatamente após a ERM o gônio direito e esquerdo deslocaram para baixo 1,11 mm e 0,89 mm, respectivamente; e o mento deslocou 1,90 mm para baixo e 1,50 mm para trás. Durante o período de contenção houve apenas deslocamento significativo no sentido anteroposterior; sendo que o gônio direito, esquerdo e o mento deslocaram para frente, 0,97 mm, 1,26 mm e 2,29 mm, respectivamente. A avaliação tridimensional de pacientes com maloclusão de Classe II Divisão 1 mostrou que a mandíbula se posiciona transitoriamente para trás e para baixo logo após a ERM. Os 6 meses seguintes de contenção permitiram que a mandíbula se deslocasse significativamente para frente, exibindo uma posição mais anterior, mesmo permanecendo mais inferior.
This study investigated, using cone beam computed tomography (CBCT), the spatial mandibular positioning after rapid maxillary expansion (RME) in Class II Division 1 malocclusion. This prospective study evaluated 17 children (mean initial age 10.36 years old) presenting Class II, Division 1 malocclusion and skeletal maxillary constriction that underwent to RME Haas’ protocol. CBCT was performed before treatment (T1), immediately after the stabilization of expander screw (T2) and after the retention period of 6 months (T3). The scans were managed in Dolphin Imaging® 11.0 software, where landmarks (right and left condylion, right and left gonion, and menton) were positioned and measured in relation to sagittal, coronal and axial plane to verify, respectively, transverse, anteroposterior and vertical displacement of the mandible. Paired Student’s t-test was used to identify significant differences (p<0.05) between T1 and T2, T2 and T3, and T1 and T3. After RME, right and left gonion moved downward (1.11 mm and 0.89 mm) and menton displaced downward (1.90 mm) and backward (1.50 mm). During the retention period, only anteroposterior displacement was significant, with the right and left gonion (0.97 mm and 1.26 mm) and the menton (2.29 mm) moving forward. Three-dimensional assessment of the mandible in Class II Division 1 patients subjected to RME showed a transitory backward and downward mandibular positioning, without any lateral displacement. The 6-month retention period allowed the mandible shifting significantly forward, exhibiting a more anterior position compared with the initial condition, even remaining in a more downward direction.