RESUMO Introdução: A adolescência é caracterizada como uma fase de intenso desenvolvimento do sistema esquelético. A maximização do pico de massa óssea durante a adolescência contribui para a redução do risco de fraturas na vida adulta. Objetivos: Analisar a densidade mineral óssea (DMO) e sua relação com o estado nutricional e a concentração plasmática de vitamina D em adolescentes com excesso de peso. Métodos: Trata-se de uma pesquisa transversal, de caráter exploratório, onde foram analisados dados de 102 adolescentes com excesso de peso, de ambos os sexos. Avaliaram-se índice de massa corporal (IMC), circunferência abdominal (CA), consumo de micronutrientes (vitamina D, cálcio, magnésio e fósforo), concentração sérica de 25-hidroxicolecalciferol (25(OH)D), DMO do fêmur proximal, da coluna lombar (L1-L4) e do corpo total, % gordura total (%G), massa gorda (MG) e massa magra (MM) totais e índices de massa gorda (IMG) e massa magra (IMM). Resultados: Os adolescentes do sexo masculino (n=53) apresentaram maiores valores de peso, estatura, CA, MM e IMM e para o sexo feminino (n=49) encontrou-se maior %G. A maioria estava com obesidade (53,9%) e DMO dentro da normalidade para todos os sítios de avaliação. Dos 84 adolescentes que realizaram a dosagem de 25(OH)D, 33,3% apresentaram valores considerados insuficientes ou deficientes. A análise de regressão linear multivariada demonstrou que a variável mais importante como preditora independente da DMO para as meninas foi o IMM, independente do sítio de avaliação. Nos meninos, além do IMM, o IMC-Z também se comportou como variável determinante dos resultados da DMO na parte proximal do fêmur (colo e total). Conclusão: Nesta amostra de adolescentes, o IMM apresentou-se como preditor positivo para a DMO em ambos os sexos; e o IMC-Z como preditor positivo apenas para a parte proximal do fêmur no sexo masculino. Nível de evidência II; Estudos prognósticos.
ABSTRACT Introduction: Adolescence is characterized as a phase of intense development of the skeletal system. Maximizing bone mass acquisition during adolescence may reduce the risk of bone fractures later in life. Objectives: To analyze bone mineral density (BMD) and its relation to nutritional status and serum vitamin D in adolescents with excess weight. Methods: This is a cross-sectional, exploratory study. Data from 102 adolescents with excess weight, of both sexes, were analyzed. The following indices were evaluated: body mass index (BMI), abdominal circumference (AC), intake of micronutrients (vitamin D, calcium, magnesium and phosphorus), serum 25-hydroxycholecalciferol (25(OH)D concentration, BMD of the proximal femur, lumbar spine (L1-L4) and total body, % body fat mass (% BFM), total BFM, total body lean mass (BLM), body fat mass (BFMI) and lean mass (BLMI). Results: The male adolescents (n=53) had higher values for weight, height, AC, BLM and BLMI, while the females (n=49) had higher % BFM. The majority were obese (53.9%) and had a BMD within the normal range for all evaluation sites. Of the 84 adolescents (n=84) with laboratory examination of 25OHD, 33.3% presented values considered insufficient or deficient. Multivariate linear regression analysis showed that the most important independent predictor of BMD for the girls was BLMI, regardless the evaluation site. For boys, in addition to BLMI, BMI-Z of the proximal femur (neck of the femur and total) was also was a determinant variable for BMD. Conclusion: In this sample of adolescents, BLMI was a positive predictor of BMD in both sexes; and BMI-Z was a positive predictor only in proximal femur in the boys. Level of evidence II; Prognostic studies.
RESUMEN Introducción: La adolescencia se caracteriza como una fase de intenso desarrollo del sistema esquelético. La maximización del pico de masa ósea durante la adolescencia contribuye para la reducción del riesgo de fracturas en la vida adulta. Objetivos: Analizar la densidad mineral ósea (DMO) y su relación con el estado nutricional y la concentración plasmática de vitamina D en adolescentes con exceso de peso. Métodos: Se trata de una investigación transversal, de carácter exploratoria, en donde se analizaron datos de 102 adolescentes con exceso de peso, de ambos sexos. Se evaluaron Índice de masa corporal (IMC), circunferencia abdominal (CA), consumo de micronutrientes (vitamina D, calcio, magnesio y fósforo), concentración sérica de 25-hidroxicolecalciferol (25(OH)D), DMO del fémur proximal, de la columna lumbar (L1-L4) y del cuerpo total, % grasa total (%G), masa grasa (MG) y masa magra (MM) totales e índices de masa grasa (IMG) y masa magra (IMM). Resultados: Los adolescentes del sexo masculino (n = 53) presentaron mayores valores de peso, estatura, CA, MM e IMM; y para el sexo femenino (n = 49) se encontró mayor %G. La mayoría estaba con obesidad (53,9%) y DMO dentro de la normalidad para todos los sitios de evaluación. De los 84 adolescentes que realizaron el dosaje de 25(OH)D, 33,3% presentó valores considerados insuficientes o deficientes. El análisis de regresión lineal multivariada demostró que la variable más importante como predictora independiente de la DMO para las niñas era el IMM, independientemente del sitio de evaluación. En los niños, además del IMM, el IMC-Z también se comportó como variable determinante de los resultados de la DMO en la parte proximal del fémur (cuello y total). Conclusión: En esta muestra de adolescentes, el IMM se presentó como un predictor positivo para la DMO en ambos sexos; y el IMC-Z como predictor positivo sólo para la parte proximal del fémur en el sexo masculino. Nivel de evidencia II; Estudios pronósticos.