Resumo A prescrição farmacêutica é uma experiência em expansão em alguns países desenvolvidos, com diferentes sistemas de saúde. Conhecer a contribuição que essa atividade pode desempenhar no processo de assistência à saúde e investigar sua aceitação é de fundamental interesse para os países que a regularam. Este estudo de revisão de literatura, portanto, objetivou desenhar o estado da arte da investigação acadêmica sobre percepção, opiniões e atitudes no contexto da prática da prescrição farmacêutica em países que a adotaram. Para isso, realizou-se investigação nas bases de dados MEDLINE, Scopus, Embase, SciELO e LILACS, resultando na seleção de 17 estudos. Da análise dos artigos, emergiram três categorias de discussão: “compreensão da prática e benefícios percebidos”; “aceitação e adesão à prática”; “barreiras à prática”. Os resultados mostraram aceitação e percepções variáveis nos diferentes públicos, dependendo, entre outras questões, do nível de conhecimento e experiência dos pacientes e dos profissionais de saúde, do perfil do farmacêutico ou da modalidade de prescrição. Este estudo aponta alguns desafios envolvidos na prática da prescrição farmacêutica e seus achados podem ser úteis para sugerir caminhos para o fortalecimento da prática.
Abstract Pharmacist prescribing is a growing reality in some developed counties, with varied health systems. Understanding the contribution that this activity can offer in the healthcare process, and investigating its acceptance is of utmost importance for the countries that implement and regulate this type of system. This literature review aimed to design a state-of-the-art academic investigation on the perception, opinions, and attitudes in the context of pharmacist prescribing practices in countries that have adopted this system. To achieve this, the present study conducted an investigation of the Medline, Scopus, Embase, SciELO, and Lilacs databases, resulting in the selection of 17 studies. From the analysis of the articles, three categories of discussion arose: “understanding of the practice and perceived benefits”, “acceptance and adherence to the practice, and “hindrances to the practice”. The results showed varied acceptance and perceptions among the different publics, depending, among other questions, on the level of knowledge and experience of the patients and health professionals, on the profile of the pharmacists, or on the prescribing modality. This study highlights some challenges involved in the practice of pharmacist prescribing, and its findings can be useful in suggesting a means through which to strengthen the practice.