Análise crítica da produção bibliográfica latino-americana dos últimos dez anos, acerca da adesão/não-adesão ao tratamento de pessoas portadoras de problemas crônicos de saúde: hanseníase, tuberculose, hipertensão, diabetes e aids. Foram analisados 36 artigos, identificando-se as variáveis: ano de publicação, área de publicação e tipo de estudo. A maior parte dos artigos (27) foi produzida por profissionais da área de Medicina em estudos epidemiológicos e da área de Enfermagem (7) em estudos qualitativos e quanti-qualitativos. A produção científica sobre o assunto cresceu até 2002, caindo a partir desse ano. Nas definições descritas pelos autores, a idéia recorrente foi a de que o papel do paciente é o de ser submisso às recomendações dos profissionais de saúde e que ele tem autonomia para seguir ou não o tratamento, mas o profissional exime-se da responsabilidade sobre as conseqüências dessa decisão. A maioria dos fatores apontados pelos autores como contribuintes para a não-adesão está relacionada ao paciente, mostrando que a maior carga de responsabilidade pela adesão/não-adesão é conferida a ele. As medidas assinaladas pelos autores para a resolução do problema permitem a identificação da responsabilidade dos profissionais, serviços de saúde, governos e instituições de ensino.
Critical analysis of the Latin American bibliographical production over the last 10 years regarding the adherence / non-adherence to treatment of people with chronic health problems: leprosy, tuberculosis, hypertension, diabetes and AIDS. Thirty six articles were analyzed identifying the variables: year of publication, publication area and kind of study. Most of the articles (27) were produced by professionals of the medical area, in epidemiological studies, and of the nursing area (7) in qualitative and quanti-qualitative studies. The scientific production on the subject increased until 2002, when it began to drop. The authors repeatedly defended the idea that the role of the patient is to follow the recommendations of the health professional and that the patient is free to follow or not the treatment, the professional however being exempt from the responsibility for the consequences of this decision. The greater part of factors pointed out by the authors as contributing to non-adherence relates to the patient, showing that the major responsibility for the adherence / non-adherence to treatment is conferred upon him. The measures the authors indicate for solving the problem point to responsibility of professionals, health services, governments and teaching institutions.