RACIONAL: Cada vez mais se estabelece a correlação entre agentes infecciosos e doenças linfoproliferativas, sobretudo vírus e bactérias, através da ativação de linfócitos. OBJETIVO: Descrever 6 novos casos, de uma série de 254 pacientes (2,36%) com esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica. CASUÍSTICA E MÉTODOS: São descritos 6 pacientes, dentre os 254 portadores de esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica, acompanhados nos últimos 13 anos no Serviço de Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE. RESULTADOS: Todos os seis casos ocorreram em mulheres. Os exames histopatológicos evidenciaram dois casos de linfomas de zona marginal esplênica, um de linfoma de grandes células com imunoblastos, um de linfoma difuso de grandes células, um de linfoma maligno de grandes células não clivadas, e um outro caso de doença de Hodgkin. Metade das seis pacientes evoluiu para o óbito entre 4 a 15 meses após o diagnóstico. As outras três persistem em acompanhamento no Serviço de Oncologia da mesma instituição. CONCLUSÃO: A incidência de linfoma nos 254 pacientes acompanhados foi de 2,36%. Pretende-se chamar a atenção para a ocorrência de linfomas nos baços de pacientes com esquistossomose mansônica, na forma hepatoesplênica.
BACKGROUND: Correlation between infectious agents and linfoproliferative diseases are more stablished, over all virus and bacteria, through the activation of linfocytes. AIM: To describe six new cases, of a series of 254 patients (2,36%) with mansonic schistosomiasis, in the hepatosplenic form. METHODS: Six patients will be described, amongst the 254 carriers of mansonic schistosomiasis, in the hepatosplenic form, followed in the last 13 years. RESULTS: All the six cases had occurred in women. The histopathologic examinations had evidenced two cases of marginal splenic zone lymphomas, one of great cells with immunoblasts lymphomas, one diffuse lymphomas, a great cells malignant lymphomas, a great not clivads cells, and another case of Hodgkin. Half of the six evolved for the death 4-15 months after the diagnosis. The others three persist in accompaniment in the Oncology Division of the Clinics Hospital. CONCLUSION: The incidence of lymphomas in the 254 mansonic schistosomiasis patients followed in our clinic was of 2,36%. At last, this article intends to call the attention, for the occurrence of lymphomas, in the spleen of patients with mansonic schistosomiasis, in the hepatosplenic form.