Resumo Esse artigo teórico tem como objetivo analisar as relações de tempo e da cultura de consumo na modernidade e sua repercussão nas experiências humanas, pela perspectiva crítica da administração. Para isso, foram usados autores da sociologia, psicologia, filosofia e administração, tendo em vista a complexidade e multiplicidade de saberes para abordar os temas. Para tratar consumo, autores como Horkheimer, Rosa, Bauman e Baudrillard foram citados; para tempo social, Sue, Pronovost, Durkheim; para experiência, Larossa, Maia, Perls. Esse trabalho tem como base o humanismo radical (BURREL e MORGAN, 1979) que está situado no eixo epistêmico da Matriz Crítica (PAULA, 2016) e se configura como relevante no campo das ciências administrativas, tendo em vista a contraposição que ele faz a maioria das produções na área, pois elas consideram modelos funcionalistas para estudar o consumo. Com base na abordagem dada nesse artigo, foi percebido que o modo acelerado da modernidade, elencado principalmente pela intensificação tecnológica, amplia a demanda de consumo desenfreado que se materializa pelo consumo de produtos, de serviços e de relações entre indivíduos. A sensação de escassez de tempo, juntamente com a demanda por consumir, afasta os indivíduos das experiências, resultando em constante insatisfação com o modo como a existência é operada na modernidade, exigindo criticidade no modo como o conhecimento é produzido na administração.
Abstract This theoretical article aims to analyze the relationship between time and consumer culture in modernity, and its repercussion in human experiences, starting from a critical perspective of the administration. Authors in the areas of sociology, psychology, philosophy, and administration were used, considering the complexity and multiplicity of the knowledge around the subject. The discussion on consumption was grounded on the work by authors such as Horkheimer, Rosa, Bauman, and Baudrillard. As for social time, the theoretical framework counted on works by Sue, Pronovost, and Durkheim. Finally, the studies by Larossa, Maia, and Perls subsidized the discussion on experience. The article is based on radical humanism (BURREL and MORGAN, 1979), which is situated on the epistemic axis of the Critical Matrix (PAULA, 2016) and considered relevant in the field of administration sciences, given its opposition to most of the specific literature, since they consider functionalist models to study consumption. The study shows that the acceleration of modernity, mainly due to technological intensification, increases the demand for unbridled consumption that materializes through the consumption of products, services, and relationships between individuals. The sense of time shortage coupled with the demand for consumption drives individuals away from experiences, resulting in constant dissatisfaction with the way modernity operates, requiring criticality in the way knowledge is produced in management.
Resumen Este artículo teórico tiene como objetivo analizar las relaciones de tiempo y de la cultura del consumo en la modernidad y su repercusión en las experiencias humanas, desde la perspectiva crítica de la administración. Para ello se utilizaron autores de sociología, psicología, filosofía y administración, teniendo en vista la complejidad y multiplicidad de saberes para abordar los temas. Para tratar el consumo, se citaron autores como Horkheimer, Rosa, Bauman y Baudrillard; para el tiempo social, Sue, Pronovost y Durkheim; y para la experiencia, Larossa, Maia y Perls. Este trabajo tiene como base el humanismo radical (BURREL y MORGAN, 1979) que está situado en el eje epistémico de la matriz crítica (PAULA, 2016) y se configura como relevante en el campo de las ciencias administrativas, teniendo en cuenta la contraposición que él hace en la mayoría de las producciones del área, pues estas consideran modelos funcionalistas para estudiar el consumo. A partir del enfoque dado en ese artículo se observó que el modo acelerado de la modernidad, que se centra principalmente en la intensificación tecnológica, amplía la demanda de consumo desenfrenado que se materializa a través del consumo de productos, servicios y relaciones entre individuos. La sensación de escasez de tiempo junto con la demanda de consumir aleja a los individuos de las experiencias, lo que resulta en constante insatisfacción con el modo como la existencia opera en la modernidad, exigiendo criticidad en el modo como el conocimiento se produce en la administración.