O estudo, de natureza qualitativa, buscou conhecer de que forma trabalhadores homens, com pouca escolaridade, hipertensos e diabéticos, acompanhados num serviço da rede básica de Campinas-SP, Brasil, relacionam-se com sua condição de saúde e tratamento, no intuito de contribuir com a atenção básica no (re)conhecimento das necessidades de cuidado desses usuários. A partir de relatos colhidos por meio de entrevistas semiestruturadas, foram analisados os atributos da masculinidade e a experiência do cuidado da doença crônica. Encontraram-se vários aspectos do comportamento masculino socialmente construído, como: a importância do trabalho, a resistência à procura por serviços de saúde, a presença de hábitos como alcoolismo e tabagismo, associados às dificuldades no controle da doença, ligadas, sobretudo, às mudanças na alimentação e ao uso contínuo de medicamentos. A despeito disso, foram identificadas motivação e aceitação do tratamento, permitindo vislumbrar um caminho que promova o cuidado desses usuários.
This qualitative study is intended to understand how male, hypertensive and diabetic workers, with low-level education, patients of a primary health care service in Campinas-SP, Brazil, manage their treatment. The results aim to improve the primary health care and the recognition of the special needs of this kind of users. As a result of semi-structured interviews, two categories are reported: one of them is the masculinity-related particularity regarding health care and the other is the experience on caring for chronic disease. Despite the difficulties related to socially constructed male behavior, as work value, reluctance to seek health care, habits like alcoholism and smoking and difficulties with adherence to diet and medication recommendations, there was identified the will and acceptance to treatment. Therefore these findings show the feasibility to promote men’s health care, providing attention to their needs.
Este estudio cualitativo buscó entender cómo trabajadores varones, con poca educación, hipertensos y diabéticos, bajo la atención de un servicio de salud de Campinas-SP, Brasil, se relacionan con su estado de salud y tratamientos. A través de entrevistas semi-estructuradas, se analizaron los atributos de la masculinidad sobre sus relaciones con la atención con la salud y su experiencia de cuidadorelativos a enfermedades crónicas. Aunque exista una conducta masculina socialmente construida, caracterizada por la importancia del trabajo, la resistencia a buscar los servicios de salud, el consumo de licores y tabaco, la dificultad en controlar las enfermedades (sobre todo las relacionadas con la alimentación) y uso continuado de medicamentos, fue posible notar certa motivación y aceptación del tratamiento. Por lo tanto, concluimos que es posible vislumbrar medios de mejorar el cuidado con esos usuarios, a partir del conocimiento con respecto a sus necesidades.