Objetivo: identificar os fatores associados ao risco de violência contra mulheres idosas. Método: trata-se de uma pesquisa quantitativa, analítica e transversal, realizada com 122 mulheres idosas na cidade de Recife, Estado de Pernambuco, Brasil. A coleta de dados foi realizada por meio de instrumentos validados e adaptados para o Brasil. A análise foi realizada por meio de estatística descritiva (frequência absoluta e relativa) e estatística inferencial (qui-quadrado de Pearson, teste de correlação de Spearman e regressão logística múltipla). Resultados: houve prevalência de risco de maus-tratos em mulheres idosas com menos de 70 anos, alfabetizadas, sem união estável, morando sozinhas, sem nenhuma atividade laboral e com renda superior a um salário mínimo. Existe uma associação significativa entre o risco de violência entre mulheres idosas com maior número de doenças crônicas (24; 77,4%) e menos ativas em atividades avançadas (42; 70,0%). A redução da qualidade de vida e do nível de satisfação com a vida e o aparecimento de sintomas depressivos aumentam o risco de violência. Conclusão: multimorbidade, baixa capacidade funcional, sintomas depressivos, baixa qualidade de vida e baixa satisfação com a vida, elevado número de condições crônicas, sintomas depressivos e dependência funcional para a realização de atividades diárias podem ser fatores condicionantes para o surgimento de maus-tratos contra idosos.
Objective: to identify the factors associated with the risk of violence against older adult women. Method: this is a quantitative, analytical, and cross-sectional research conducted with 122 older adult females in the city of Recife, state of Pernambuco, Brazil. Data collection was carried out using validated instruments adapted to Brazil. The analysis was performed using descriptive statistics (absolute and relative frequency) and inferential statistics (Pearson’s chi- square, Spearman’s correlation test, and Multiple Logistic Regression). Results: there was prevalence of a risk of abuse against older adult women under 70 years of age, literate, without a stable relationship, living alone, without any work activity, and who had an income higher than the minimum wage. There is a significant association between the risk of violence among older women with a higher number of chronic health conditions (24; 77.4%), and who are less active in advanced activities (42; 70.0%). A reduction in quality of life and satisfaction with life, and the onset of depressive symptoms, increase the risk of violence. Conclusion: multimorbidity, low functional capacity, depressive symptoms, low quality of life and low satisfaction with life, a high number of chronic conditions, depressive symptoms, and functional dependence to perform daily activities can be conditioning factors for the emergence of abuse against older adults.
Objetivo: identificar los factores asociados con el riesgo de violencia contra mujeres de edad avanzada. Método: se trata de una investigación cuantitativa, analítica y transversal realizada con 122 mujeres de edad avanzada en la ciudad de Recife, estado de Pernambuco, Brasil. La recopilación de datos se llevó a cabo utilizando instrumentos validados y adaptados al Brasil. En el análisis se utilizaron estadísticas descriptivas (frecuencia absoluta y relativa) y estadísticas inferenciales (prueba chi-cuadrado de Pearson, prueba de correlación de Spearman y Regresión Logística Múltiple). Resultados: se observó prevalencia de riesgo de abuso contra mujeres mayores de 70 años, alfabetizadas, sin una relación estable, que viven solas, sin ninguna actividad laboral y que tienen un ingreso superior al salario mínimo. Existe una asociación significativa entre el riesgo de violencia entre las mujeres de edad avanzada con un mayor número de condiciones de salud crónicas (24; 77,4%), y aquellas con menos actividad (42; 70,0%). La reducción de la calidad de vida y la insatisfacción con la vida, así como la aparición de síntomas de depresión, aumentan el riesgo de violencia. Conclusión: la multimorbilidad, la baja capacidad funcional, los síntomas de depresión, la baja calidad de vida, la insatisfacción con la vida, un elevado número de afecciones crónicas y la dependencia funcional para realizar actividades cotidianas pueden ser factores condicionantes para la aparición del abuso contra personas de edad avanzada.