Resumo Introdução: Orientações posturais são necessárias em casos de dor lombar, e desafios surgem em casos crônicos. Objetivo: Investigar sobre os desafios nas orientações posturais de trabalhadores em situação de afastamento do trabalho e com dor lombar crônica. Métodos: O estudo teve duas etapas. Na primeira etapa foram convidados fisioterapeutas que atuavam no “Projeto Lombalgia” no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Santos-SP, e utilizou-se um roteiro para a realização de entrevistas individuais que foram gravadas para análise de conteúdo temática. Na segunda etapa houve a seleção de pacientes trabalhadores atendidos pela Fisioterapia, com dor lombar crônica e em situação de afastamento do trabalho, e realizado um Grupo de Discussão com os pacientes e fisioterapeutas, que foi também gravado para análise de conteúdo. Resultados: Participaram da etapa 1 três fisioterapeutas com idade entre 26 e 33 anos. Surgiram nos depoimentos: demandas intensas de trabalho, pouca compreensão acerca das dificuldades dos pacientes, “estigmas” junto à situação de afastamento do trabalho, entre outros. Na etapa 2, participaram quatorze trabalhadores, com idade entre 47 e 50 anos, de ambos os sexos e diferentes profissões, e os três fisioterapeutas. Evidenciaram-se no grupo: dificuldades nas atividades de vida diária fora do ambiente terapêutico, desrespeito às restrições físicas no trabalho, medo do retorno ao trabalho, entre outros. Conclusões: Surgiram desafios relacionados aos aspectos da organização do trabalho e psicossociais, sendo necessário avançar nos processos de ensino-aprendizagem.
Abstract Introduction: Postural orientations are necessary in cases of low back pain, and challenges arise in chronic cases. Objective: To investigate the challenges in the postural orientation of workers in a situation of absence from work and with chronic low back pain. Methods: The study was divided into two steps. In the first stage, physiotherapists that were taking part in the “Low Back Pain Project” at the Reference Center for Worker’s Health in Santos-SP were invited, and a script was used to conduct individual interviews that were recorded for thematic content analysis. In the second stage, there was a selection of workers that were patients attended by the Physical Therapy sector, with chronic low back pain and in a situation of absence from work, and a Discussion Group was conducted with the patients and physical therapists, which was also recorded for content analysis. Results: In stage 1, three physiotherapists aged 26 to 33 years old participated. The statements revealed: intense work demands, little understanding of the patients’ difficulties, “stigmas” related to the situation of absence from work, among others. In stage 2, fourteen workers participated, aged between 47 and 50, of both sexes and different professions along with the three physiotherapists. The group evidenced: difficulties in daily living activities outside the therapeutic environment, disrespect to physical restrictions at work, fear of returning to work, among others. Conclusion: Challenges related to work organization aspects and psychosocial issues were found, and it is necessary to advance in the teaching-learning processes.
Resumen Introducción: Las orientaciones posturales son necesarias en casos de dolor lumbar, y los desafíos aparecen en casos crónicos. Objetivo: Investigar sobre los desafíos en las orientaciones posturales de trabajadores en situación de alejamiento del trabajo y con dolor lumbar crónico. Métodos: El estudio tuvo dos etapas. En la primera etapa fueron invitados fisioterapeutas que actuaban en el “Diseño Dolor Lumbar” en el Centro de Referencia en Salud del Trabajador de Santos-SP, y utilizó un itinerario para la realización de entrevistas individuales que fueron grabadas para análisis de contenido temático. En la segunda etapa hubo la selección de pacientes trabajadores atendidos por la Fisioterapia, con dolor lumbar crónico y en situación de alejamiento del trabajo, y realizado un Grupo de discusión con los pacientes y fisioterapeutas, que fue también grabado para análisis de contenido. Resultados: Participaron de la etapa 1, tres fisioterapeutas con edad entre 26 y 33 años. Se plantearon en los testimonios: demandas intensas de trabajo, poca comprensión acerca de las dificultades de los pacientes, “estigmas” junto a la situación de alejamiento del trabajo, entre otros. En la etapa 2, participaron catorce trabajadores, con edad entre 47 y 50 años, de ambos sexos y diferentes profesiones, y los tres fisioterapeutas. Se evidenció en el grupo: dificultades en las actividades de vida diaria fuera del ambiente terapéutico, irrespeto a las restricciones físicas en el trabajo, miedo al retorno al trabajo, entre otros. Conclusión: Se plantearon desafíos relacionados a los aspectos de la organización del trabajo y psicosociales, siendo necesario avanzar en los procesos de enseñanza-aprendizaje.