RESUMEN La Real Universidad de México fue el espacio docente y de obtención de títulos académicos más importante de Nueva España. En el siglo XVIII sus estudiantes provenían ya de diferentes estratos sociales. Pero esta heterogeneidad no fue gratuita, en una época en la que los estudios mayores eran un privilegio. El presente artículo estudia a un sector de estudiantes que tuvieron dificultades para ser aceptados en los cursos o para graduarse debido a sus orígenes sociales. No obstante, españoles con nacimiento irregular, indios y mulatos insistieron en hacer una carrera académica, a pesar del rechazo de que fueron objeto por otros sectores estudiantiles y académicos. Un caso paradigmático, cuyo análisis se aborda aquí, es el de los hermanos Ramírez de Arellano, acusados de ser mulatos y quienes en su defensa cuestionaron la validez de juzgar a las personas por su color de piel, por una calumnia o por una fe de bautismo errónea. Si bien ellos no descalificaron abiertamente el estatuto universitario que prohibía aceptar a estudiantes de ciertas calidades sociales, sí defendieron que el conocimiento era más valioso que el linaje o la calidad social de las personas. Esta investigación busca así realizar una aportación para una mejor comprensión de la historia social de los universitarios de Nueva España.
ABSTRACT The Royal University of Mexico was the most important space for teaching and obtaining academic degrees in New Spain. In the 18th century, its students came from different social strata. But this heterogeneity was not gratuitous, at a time when major studies were a privilege. This article studies a sector of students who had difficulties to be accepted in the courses or to graduate due to their social origins. However, Spaniards with irregular births, indians, and mulattoes insisted on pursuing an academic career, despite the rejection they were subjected to by other student and academic sectors. A paradigmatic case, whose analysis is addressed here, is that of the Ramírez de Arellano brothers, accused of being mulattoes and who in their defense questioned the validity of judging people for their skin color, slander, or faith of wrong baptism. Although they did not openly disqualify the university statute that prohibited accepting students of certain social qualities, they did defend that knowledge was more valuable than the lineage or the social quality of the people. This research thus seeks to make a contribution to a better understanding of the social history of university students in New Spain.
RESUMO A Universidade Real do México foi o espaço mais importante para o ensino e a obtenção de diplomas académicos na Nova Espanha. No século xvin, seus alunos vieram de diferentes estratos sociais, mas essa heterogeneidade não era gratuita, numa época em que os principais estudos eram um privilégio. Este artigo estuda um setor de estudantes que tiveram dificuldades para serem aceitos nos cursos ou se formarem por suas origens sociais. No entanto, espanhóis com nascimentos irregulares, índios e mulatos insistiram em seguir uma carreira académica, apesar da rejeição a que foram submetidos por outros setores estudantis e académicos. Um caso paradigmático, cuja análise é abordada aqui, é o dos irmãos Ramirez de Arellano, acusados de serem mulatos e que, em sua defesa, questionaram a validade de julgar as pessoas por sua cor, por calúnia ou por una fé de batismo errada. Embora não tenham desqualificado abertamente o estatuto da universidade que proibia a aceitação de estudantes de certas qualidades sociais, eles defendiam que o conhecimento era mais valioso que a linhagem ou a qualidade social das pessoas. Assim, esta pesquisa busca contribuir para uma melhor compreensão da história social de estudantes universitários da Nova Espanha.