OBJETIVOS: avaliar o tempo de aleitamento materno e identificar possíveis fatores interferentes em crianças com deficiência e fenotipicamente normais. MÉTODOS: 99 crianças com deficiência e fenotipicamente normais de 1 a 4 anos de idade, de ambos os gêneros, matriculadas e assistidas no Centro de Assistência Odontológica a Pessoa com Deficiência e na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Araçatuba, São Paulo, Brasil e na Bebê Clínica da Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba, da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Utilizou-se um questionário desenvolvido especificamente para este estudo, que foi respondido pelas respectivas mães e/ou cuidadores. A variável dependente utilizada foi a amamentação exclusiva até os seis meses de idade. Os dados foram submetidos aos testes qui-quadrado ou exato de Fisher, bem como modelos de regressão linear, considerando nível de significância de 5%. RESULTADOS: a paralisia cerebral foi a deficiência de maior ocorrência no estudo. As crianças do gênero masculino no grupo dos fenotipicamente normais receberam aleitamento materno exclusivo por um período maior de tempo e o grau de escolaridade das mães e as complicações no parto também foram um fator influenciador para a duração desta prática. CONCLUSÕES: o tempo do aleitamento exclusivo não diferiu entre ambos os grupos estudados. A ocorrência da amamentação exclusiva de maior prevalência foi observada no grupo dos fenotipicamente normais do gênero masculino havendo significância entre os gêneros no grupo dos fenotipicamente normais. Mas não é somente a condição do paciente que limita a prática do aleitamento materno exclusivo e sim um conjunto de fatores associados, como gênero no grupo dos fenotipicamente normais, o grau de escolaridade da mãe para o grupo dos com deficiência e as complicações no parto em ambos os grupos.
PURPOSES: to evaluate the time of breastfeeding and identify possible interfering factors in disables and phenotypically normal children. METHODS: ninety-nine (99) disabled and phenotypically normal children from 1 to 4 years of age, of both genders, enrolled in and cared for at the Dental Care Centre for Disabled Persons and at the Association of Parents and Friends of Handicapped Persons ("Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE") of Araçatuba, São Paulo, Brazil and at the Baby Clinic of the Araçatuba Campus Dental School, of the "Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" were included in the study. A questionnaire, specifically developed for this study was used, and answered by the respective mothers and/or caregivers. The dependent variable used was exclusive breastfeeding up to six months of age. Data were submitted to the chi-square or Exact Fisher test, and linear regression models, considering the level of significance of 5%. RESULTS: cerebral palsy was the disability that occurred most frequently in the study. Children of the male gender in the phenotypically normal group received exclusive breastfeeding for a longer period of time. The mothers' educational level and complications at birth were also factors influencing the duration of this practice. CONCLUSIONS: the time of exclusive breastfeeding did not differ between the two groups studied. The highest prevalence of exclusive breastfeeding was observed in the group of phenotypically normal children of the male gender, with significant difference between the genders in the phenotypically normal group. However, it is not only the patient's condition that limits the practice of exclusive breastfeeding, but the set of associated factors, such as gender in the phenotypically normal group, mother's educational level in the group with disability and complications at birth in both groups.